A primeira derrota em casa. A segunda derrota da temporada. O quarto jogo seguido sem vencer o FC Porto na Luz. O Benfica saiu do Clássico desta sexta-feira com um desaire em toda a linha e só pode mesmo retirar um dado positivo — o verdadeiro dado positivo — de todo o enquadramento: continua a ter sete pontos de vantagem na liderança da Primeira Liga.
Taremi, o violino e o bombo de uma banda que não está para festas (a crónica do Benfica-FC Porto)
Há quase três meses que o Benfica não sofria dois golos no mesmo jogo, desde o dérbi contra o Sporting, e só conseguiu vencer um dos últimos 11 clássicos contra o FC Porto — o do passado mês de outubro, no Dragão, com um golo solitário de Rafa no dia em que Stephen Eustáquio foi expulso ainda na primeira parte.
Esta foi apenas a quarta vez na atual temporada que João Mário e Gonçalo Ramos, os dois melhores marcadores do Campeonato com 17 golos, não participaram em simultâneo num golo do Benfica. O médio português foi o representante dos encarnados na zona de entrevistas rápidas e não escondeu que a partida foi difícil para a equipa, algo que acabou por ser corroborado por Roger Schmidt na conferência de imprensa.
Há quase três meses que o ????Benfica não sofria 2+ golos numa partida:
FC Porto
Sporting
SC Braga (3)
Est. Amadora
Juventus (3)
Rio Ave
Paços Ferreira pic.twitter.com/trQghCthEO— Playmaker (@playmaker_PT) April 7, 2023
“Foi um jogo estranho. Não conseguimos ter bola como costumamos ter e pagámos um pouco caro por isso. Mas continuamos na frente, com sete pontos de vantagem, e nada mudou. O melhor é que temos já um jogo na terça-feira [Liga dos Campeões, contra o Inter Milão] para dar outra imagem, numa prova diferente. E é pensar positivo, porque ainda falta muito. Sabíamos que o Campeonato ia ser disputado até ao fim e continuamos em primeiro”, atirou João Mário, que acabou por ser uma das caras do apagão encarnado no Clássico desta sexta-feira.
Roger Schmidt lançou o onze expectável, com Rafa e Aursnes no apoio a Gonçalo Ramos e David Neres no banco, mas acabou por ser traído pela pressão alta do FC Porto que estrangulou por completo a transição ofensiva do Benfica. João Mário, Rafa, Aursnes e Gonçalo Ramos estiveram manifestamente abaixo do registo habitual, com Chiquinho a ser a exceção à regra e o melhor elemento encarnado, e nem a entrada de Neres agitou as águas.