Rui Moreira acusa Pedro Nuno Santos de agir “como se fosse, de facto, o CEO da TAP”. Em declarações ao programa da RTP “Grande Entrevista”, o Presidente da Câmara Municipal do Porto criticou ainda Marcelo Rebelo de Sousa por prejudicar o Governo e o PSD, ensaiando “discursos sobre a capacidade ou o poder que tem de dissolver [a Assembleia da República].”

“Parecia que era o presidente da TAP e, de facto, ele era presidente por agência. Pelos vistos, a Christine Ourmières-Widener era o braço armado dele para a estratégia que entendia“, declarou o autarca sobre o ex-ministro das Infraestruturas.

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“Esta brincadeira custou ao Estado português 3,2 milhões de euros”, declarou sobre a injeção de investimento na companhia aérea depois da sua renacionalização, que caracterizou como uma “obsessão ideológica do Partido Socialista.” Dentro do partido, a situação da empresa está a ser tratada como uma “guerra de delfins”, acusa o autarca. “Parece-me haver uma falsa surpresa relativamente àquilo que está a acontecer com a TAP”, disse ainda sobre a situação atual da companhia.

Rui Moreira acredita que o Presidente da República está a prejudicar o Governo ao “ensaiar permanentemente discursos sobre a capacidade ou o poder que tem de dissolver [a Assembleia da República]”. O autarca acredita que isso será prejudicial para o Governo, mas também para os sociais-democratas, “porque dá a ideia de que o PSD não quer ser poder“. Para presidente da Câmara Municipal do Porto, a abordagem de Marcelo só poderá ser benéfica para “os partidos que estão nas franjas”.

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“Não parece que haja razões para dissolver a Assembleia da República”, afirmou Rui Moreira. Para o autarca, “se havia um momento em que o Governo devia ter sido demitido e não foi, não me parece que haja neste momento objetivamente razões para uma dissolução de parlamento, que é uma coisa bem diferente.”