10 anos, seis títulos mundiais, a entrada direta na história da Fórmula 1. Lewis Hamilton está a assinalar uma década na Mercedes e aproveitou a data redonda para realizar um momento de perguntas e respostas em direto nas redes sociais com os adeptos da equipa. Entre memórias, recordações e os destaques de 10 anos de uma parceria de sucesso, o britânico deixou a intenção de continuar a ser uma voz ativa na luta pelos direitos humanos.
“Sempre corri riscos e vou continuar de pé com esta defesa das pessoas, da igualdade, dos direitos humanos no mundo inteiro. Vou continuar a fazê-lo, mesmo que me ponham na prisão. Não me importa o que vão fazer, vou defender aquilo em que acredito mesmo que isso me possa matar”, atirou Hamilton, que critica recorrentemente o facto de a Fórmula 1 correr em países como o Bahrain, a Arábia Saudita ou os Emirados Árabes Unidos.
Para além de se ter congratulado com o facto de ter contado com a companhia de outro campeão do mundo na luta pelos mesmos temas nos últimos anos, lembrando Sebastian Vettel, o piloto britânico sublinhou a importância do ativismo que desenvolve. “Parece louco, mas é preciso fazer isto. É importante provocar conversas, deixar nervosos todos aqueles que estão no poder, fazer com que sintam que precisam de conversar para procurar a mudança porque tudo isto traz negatividade para o seu país. Fi-lo no Qatar e ganhei a guerra. O meu desejo era chegar ao pódio, porque o êxito seria maior dessa forma, e foi isso que fiz”, atirou, recordando o capacete com as cores do arco-íris que utilizou no Grande Prémio do Qatar em 2021.
“É incrível o facto de vivermos numa época em que ainda existem tantos países do mundo, especialmente no Médio Oriente, em que existem muitas dúvidas relativamente aos direitos humanos, aos direitos das mulheres, aos direitos LGBT, com leis que vão contra a maneira de ser de cada um”, terminou Lewis Hamilton.