As Forças Armadas Sudanesas e as Forças de Apoio Rápido concordaram num cessar-fogo de 72 horas a partir da meia-noite desta segunda-feira (menos uma hora em Lisboa), 24 de abril. Antony Blinken fez o anúncio salientando uma “negociação intensa nas últimas 48 horas”.

O secretário de Estado dos EUA referiu que foi pedido às duas forças rivais uma “cessação permanente das hostilidades e ajuda humanitária”.

“Continuaremos a trabalhar com as partes sudanesas e os nossos parceiros em direção ao objetivo comum de um regresso ao governo civil no Sudão”, conclui Antony Blinken numa nota divulgada à imprensa.

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O diplomata referiu ainda que apelou aos dois lados do confronto para manterem o cessar-fogo “totalmente”. Os EUA vão coordenar com parceiros regionais e internacionais e partes interessadas civis sudanesas “para ajudar na criação de um comité para supervisionar a negociação, conclusão e implementação de uma cessação permanente das hostilidades e ajuda humanitária“.

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Desde 15 de abril que se registam violentos combates no Sudão, num conflito que opõe o exército, liderado pelo general Abdel Fattah al-Burhan, líder de facto do país desde o golpe de Estado de 2021, e um ex-adjunto que se tornou um rival, o general Mohamed Hamdan Dagalo, que comanda o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido.

O balanço provisório dos confrontos indica que há mais de 420 mortos e 3.700 feridos, segundo a Organização Mundial da Saúde.