Macau recebeu perto de meio milhão de visitantes durante os cinco dias da chamada Semana Dourada do 1.º de Maio, um dos picos turísticos da China continental, foi esta quinta-feira anunciado.
De acordo com dados divulgados pelo Corpo da Polícia de Segurança Pública (CPSP), a região administrativa especial chinesa acolheu 491.968 turistas entre 29 de abril e 3 de maio.
O pico foi atingido no domingo, dia em que Macau recebeu 133.911 visitantes, o valor diário mais elevado desde o início de 2020, antes do início da pandemia.
A média diária de turistas ficou perto de 100 mil, mais de três vezes maior do que em igual período de 2022, altura em que algumas das principais cidades chinesas, incluindo Pequim e Xangai, enfrentavam confinamentos devido a surtos de covid-19.
Durante os primeiros três dias dos feriados do 1.º de Maio em 2019, a cidade recebeu 531.503 visitantes, uma média diária de mais de 177 mil.
Os dados ficaram também muito acima da previsão feita na semana passada pela diretora dos Serviços de Turismo, Maria Helena de Senna Fernandes: uma média de 70 mil visitantes por dia.
Na quarta-feira, o vice-presidente da Associação das Agências de Turismo de Macau disse numa conferência de imprensa que a Semana Dourada estava a ser melhor do que as expectativas.
Tang Ka Man revelou que cerca de 300 excursões organizadas tinham vindo da China continental para Hong Kong e Macau durante os feriados.
Na mesma conferência de imprensa, a vice-presidente da Associação dos Hoteleiros de Macau, Wong Lai Mei, disse que a ocupação hoteleira era, em média, de 85%, semelhante a 2019, e que os preços dos quartos estavam mesmo 2% acima dos níveis pré-pandemia.
No entanto, em 15 de abril, o presidente da Associação dos Hotéis de Macau, Luís Heredia, disse à televisão pública TDM que cerca de 15% dos quartos iriam permanecer fechados durante os feriados do 1.º de maio devido à falta de mão de obra.
De acordo com o CPSP, quase 2,7 milhões de pessoas atravessaram as fronteiras do território durante os cinco dias, sendo que a maioria passou pelas Portas do Cerco, no norte da península de Macau.
Macau, que à semelhança da China seguia a política zero covid, anunciou em meados de dezembro o cancelamento gradual da maioria das medidas de prevenção e contenção, depois de quase três anos de rigorosas restrições.
A China levantou em 6 de fevereiro todas as restrições devido à pandemia de covid-19 nas deslocações para Hong Kong e Macau, permitindo o reinício das excursões organizadas para as duas cidades.