Em contagem decrescente para a coroação do Rei Carlos III, recordamos a cerimónia que aconteceu quase 70 anos antes — falta menos de um mês para podermos fechar essa data redonda. A 2 de junho de 1953, era a sua mãe, Isabel II, quem entrava na Abadia de Westminster para ser coroada Rainha de Inglaterra.
Foi o primeiro grande evento mundial a ser transmitido pela televisão a nível internacional, uma decisão com que a Rainha resolveu andar para a frente depois de uma longa ponderação, por acreditar que as câmaras podiam quebrar a mística da monarquia — e apesar da forte oposição apresentada por Winston Churchill, então primeiro-ministro. Foi, na altura, a maior e mais complexa transmissão na história da televisão inglesa.
Em janeiro de 2018, no ano em que completariam 65 anos desde a cerimónia, Isabel II revelou pela primeira vez detalhes pormenorizados desse dia para “The Coronation”, um documentário de 4 horas produzido pela BBC e conduzido pelo jornalista Alastair Bruce, especializado em assuntos da realeza.
A coroa, as damas de honor ou o coche: o que revela o documentário sobre a coroação de Isabel II?
Nele, é contada a história da coroa de St. Edward, que remonta ao século XI. A versão atual foi usada pela primeira vez na coroação do Rei George VI, em 1937. Isabel II usou-a apenas uma vez, no momento da sua própria coroação. Com o considerável peso de 1 quilo e 600 gramas, a Rainha confessou no documentário que não conseguia baixar a cabeça com ela posta. “Tem de ser o papel a vir até ao nível dos nossos olhos”, confessou.
Já a carruagem real, na qual seguiu o trajeto entre o Palácio de Buckingham e a abadia de Westminster, foi descrita por Isabel II como “horrível”, acrescentando: “Não é muito confortável. Definitivamente não é boa para viajar, além de que os cavalos não aguentariam viagens maiores do que aquela que fiz, devido ao peso da carruagem”.
Carregue na galeria para ver algumas imagens da coroação de Isabel II.