O fundador do PSD e antigo primeiro-ministro, Francisco Pinto Balsemão, criticou este sábado a “arrogância de ministros”, as “inoperâncias [do Governo] para todos os gostos” e ainda o “caso rocambolesco do computador (e da bicicleta) no ministério das Infraestruturas”. Num vídeo realizado a propósito dos 49 anos do PSD, Balsemão deixa depois um apelo para que o partido apoie o Presidente da República, embora lamente o facto de Marcelo nem sempre conseguir ter mão no Governo.
Os casos e casinhos, diz o fundador do PSD, aconteceram “sob a batuta de um Presidente da República que é nossa missão apoiar”, mas que “nem sempre consegue dar a entrada certa aos diversos solistas.” Francisco Pinto Balsemão deixa depois um apelo ainda mais claro para o PSD ficar ao lado de Marcelo: “Temos de acompanhar – ou comboiar, como quiserem – a fase final do mandato do atual Presidente da República.”
Balsemão diz ainda que o PSD é “hoje, a única oposição forte e credível” e que, “em breve”, o partido ganhará “eleições gerais” e voltará “a governar um país que, como todos sabemos, se encontra desgovernado.” Sobre Luís Montenegro, Balsemão lembra que apoiou Jorge Moreira da Silva, mas que após as diretas passou a “apoiar o líder”, deixando uma garantia: “Vou continuar, dentro das minhas possibilidades, a apoiar o líder do PSD e a sua equipa.”
O fundador do PSD afasta por completo o Chega de um acordo com o PSD, classifica o partido de André Ventura como extrema-direita e faz um trocadilho entre o nome do partido e uma música brasileira: “Não queremos nada com a extrema-direita. Lembram-se daquela canção brasileira Chega prá lá? [e faz gestos com as mãos]”. E acrescenta: “Também nada queremos com este Partido Socialista.”
Balsemão também já está preocupado com a próxima corrida a Belém, embora só ocorra também em 2026: “Temos de saber escolher e apoiar o próximo Presidente da República.”