Depois de já ter estado preso em 2018, por suspeitas de envolvimento no escândalo do Dieselgate, o ex-CEO da Audi Rupert Stadler regressou ao tribunal de Munique na passada semana, onde voltou a enfrentar acusações que o colocavam no centro da decisão de comercializar veículos a gasóleo das marcas do Grupo Volkswagen, equipados com software ilegal destinado a enganar as autoridades. E depois de insistir durante quase três anos que nada tinha feito de ilegal, confessou finalmente o seu envolvimento na trama para enganar os consumidores e prejudicar o ambiente, de acordo com a DW.

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Quando tudo indicava que a justiça alemã iria punir decididamente a conduta do ex-CEO, eis que o advogado de Stadler consegue negociar com o juiz um acordo em que a confissão de má conduta por parte do CEO à época, por comercializar veículos que sabia estarem equipados com software fraudulento depois de 2015 – ano em que rebentou o Dieselgate, que levou o Grupo Volkswagen a suportar cerca de 30 milhões de euros em compensações, penalizações, retomas e reparações de veículos, sobretudo nos EUA –, levaria a uma pena suspensa de dois anos e a uma multa de 1,1 milhões de euros.

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De recordar que Comissão Europeia determinou em 2021 que o Grupo Volkswagen tinha comercializado 8,5 milhões de veículos equipados com software ilegal nos países da UE, mesmo depois de 2015, quando rebentou o escândalo e o Grupo alemão admitiu publicamente a sua participação no Dieselgate, principalmente por pressão das autoridades norte-americanas que descobriram a “marosca”. Com uma multa minúscula, se comparada com os danos infligidos às marcas do conglomerado germânico e aos clientes, mas com uma pena suspensa que confirma a prática de um crime, dificilmente Stadler voltará a trabalhar na indústria automóvel.