A Opel renovou a 6.ª geração do Corsa, introduzida em 2019, actualizando o seu bestseller com a nova “face” da marca, a chamada “Opel Vizor”. Mas as mudanças não ficam pela estética: sob o capot surgem as primeiras motorizações mild hybrid a 48V e a versão a bateria, até aqui denominada Corsa-e, segue a lógica dos Astra e Mokka e passa a denominar-se Corsa Electric, ganhando no processo uma nova versão, mais potente e com maior autonomia. No equipamento também há novidades, mas vamos por partes.

Esteticamente, as principais mudanças encontram-se à frente, com o utilitário alemão a adoptar o ar de família instituído pela Opel Vizor, como se fosse uma única peça a integrar grelha, faróis e o emblema da marca que, dependendo do nível de equipamento, surge em preto ou em prata, quer à frente quer atrás. Na traseira, a principal alteração prende-se com a designação do modelo, que passa para o centro do portão da bagageira, tal como já tínhamos visto na série limitada “Opel Corsa 40”.

Por dentro e à semelhança da operação executada no Astra, a Opel decidiu-se por aplicar o princípio “Detox to the max”, o que significa deitar mão a uma série de tecnologias para melhorar a experiência a bordo. É um facto que o volante e o comando da transmissão exibem um novo desenho, tal como os bancos adoptam revestimentos com novos padrões, mas o que mais “enche o olho” é o novo cockpit digital com um sistema de infoentretenimento suportado pela plataforma Snapdragon Cockpit da Qualcomm Technologies, tal como Astra já disponibiliza. Este opcional, associado ao ecrã central de 10 polegadas, é sinónimo de um sistema muito mais avançado que o de série (display de 7”). Além de um melhor grafismo e de mais capacidades a nível de inteligência artificial, este sistema é capaz de reconhecer comandos de voz, oferecer navegação com serviços conectados e receber actualizações remotas (over-the-air). A Opel realça ainda que, “pela primeira vez, os smartphones compatíveis com Apple CarPlay e Android Auto podem ser ligados aos sistemas multimédia do veículo e podem também ser recarregados”, sem recurso a cabos.

Na oferta de motorizações, há duas novidades e uma constitui uma estreia para a própria Opel. Referimo-nos à hibridização ligeira a 48V, que passa a apoiar os motores a gasolina de 100 e de 136 cv, sempre acoplados a uma nova transmissão automática de dupla embraiagem. A outra novidade reside no Corsa Electric, cuja versão que já conhecemos (136 cv e 357 km de autonomia) vai passar a concorrer com outra mais potente, com uma maior bateria e com um alcance mais dilatado entre recargas. Esta nova opção eléctrica recorre, naturalmente, ao banco de órgãos da Stellantis e anuncia 156 cv de potência, extraídos do mesmo motor síncrono que também dá vida ao Astra e ao Mokka a bateria. O binário mantém-se nos 260 Nm, mas a nova bateria – possivelmente com 54 kWh brutos de capacidade (51 kWh úteis) – permite ao Corsa estimar homologar até 402 km de autonomia, no ciclo combinado do método europeu de medição de consumos e emissões WLTP.

No domínio da tecnologia, a Opel aproveitou esta actualização para alargar a oferta de sistemas de ajuda à condução, nomeadamente com câmara de visão traseira panorâmica de alta resolução, cruise control adaptativo, limitador de velocidade e alerta de colisão frontal com travagem automática de emergência e detecção de peões. Depois, como é apanágio do Corsa desde 2019, tratou de melhorar os faróis matriciais Intelli-Lux LED que, em vez de oito elementos LED, passam a ter 14 (sete em cada farol), cada um deles ajustável automática e individualmente, para garantir a melhor iluminação em qualquer circunstância e sem encadear.

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