Um juiz da Carolina do Norte, nos EUA, suspendeu a lei do aborto a partir das seis semanas de gestação, uma medida que foi promulgada esta quinta-feira pelo governador republicano do estado norte-americano.

Segundo o Washington Post, o bloqueio da medida serve para que se mantenha o “status quo” até que a decisão seja revista pelo Supremo Tribunal dos EUA. “Vai acabar aí”, avisou Clifton Newman.

Em causa está uma ordem de restrição temporária que surge apenas 24 horas após a aprovação da lei, com o governador Henry McMaster a referir que a medida iria começar “a salvar a vida de crianças que ainda não nasceram imediatamente”.

“Este é um grande dia para a vida na Carolina do Sul, mas a luta ainda não acabou. Estamos prontos para defender esta legislação contra quaisquer desafios e estamos confiantes de que teremos sucesso”, antecipava em comunicado, ainda antes de se prever que um dia depois a lei seria travada.

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Carolina do Sul proíbe aborto a partir das seis semanas: “É um grande dia para a vida”

A Planned Parenthood South Atlantic e a Greenville Women’s Clinic (que realizam o procedimento médico) e dois médicos queixosos entraram imediatamente com uma ação em tribunal contra a lei. Jenny Black, presidente e CEO da Planned Parenthood South Atlantic, afirmou que os legisladores “ignoraram as advertências dos prestadores de serviços de saúde e o precedente estabelecido pelo mais alto tribunal do Estado há apenas alguns meses”.

Com estas declarações, aludiu à decisão do Supremo Tribunal de derrubar uma proibição semelhante que tinha sido aprovada na Carolina do Sul em 2021. Após a promulgação de Henry McMaster, o acesso ao aborto fica proibido em quase todos os estados do Sul dos EUA.