O Supremo Tribunal de Justiça condenou uma empresa ligada à Salvador Caetano a pagar 110 mil euros de indemnização ao filho de uma das vítimas do naufrágio do navio Bolama, noticia o jornal Público.
O caso remonta a 4 de dezembro de 1991, altura em que o navio pesqueiro se afundou entre o cabo Raso e o cabo Espichel, pouco depois de sair da barra do rio Tejo numa viagem que serviria para testar um novo sistema de recolha de redes.
As razões do naufrágio nunca foram conhecidas, mas a história multiplica-se em teorias da conspiração, entre elas a possibilidade de ter sido afundado por transportar algo valioso, a tese de que carregava droga, de que foi alvo de um atentado da Mossad ou que foi atingido para impedir que uma carga de urânio e armas chegasse à Líbia. Nunca nada ficou provado.
Sabe-se que o naufrágio resultou na morte das 30 pessoas que estavam a bordo e que, até à presente decisão, apenas as viúvas de 12 dos tripulantes receberam uma indemnização devido ao contrato que tinha uma cláusula para o caso de morte foram compensadas financeiramente.
Agora, após uma longa batalha judicial, o filho de uma das vítimas, um arquiteto que seguia no navio como convidado, vai receber uma indemnização de 110 mil euros por ter ficado sem pai quando tinha quatro anos.