A DS Automobiles está a partilhar com o grande público a visão que resulta de um trabalho conjunto desenvolvido pelas suas equipas de design e de produto e que, para já, ilustra a forma como a marca premium do grupo Stellantis pretende ser o bastião da “arte de viajar”, projectando o interior dos seus futuros modelos. Denominada M.i. 21, essa base que levanta um pouco o véu sobre o amanhã a bordo de um DS foi revelada em Paris, no âmbito da bienal internacional de artesanato artístico e criativo Révélations, evento que decorre entre 7 e 11 de Junho no Grand Palais Éphémère.

Enquanto associamos a sequência “luzes, câmara, acção” de imediato a um filme, neste manifesto a cantilena é outra, se bem que o resultado final pareça retirado de uma película de ficção. Segundo a marca, o que agora nos é dado a ver como um vislumbre do futuro concentra-se em explorar “luz, volumes, som, imersão e dimensão artística”. Será neste quinteto que se fundarão os alicerces do interior dos futuros modelos da DS, sendo que a combinação desses cinco elementos tenderá a evoluir para soluções que hoje consideraríamos inexequíveis. É o caso dos círculos nas portas, que se transformam em anéis de luz; ou do som, que é confinado a um único elemento central. Mas o exercício vanguardista da DS vai mais longe e insiste numa ideia que não é de agora: há que acabar com os ecrãs a bordo. Também é assim que a BMW encara o futuro, sendo que a DS já começou a ensaiar uma linha interior menos intrusiva em 2020, com o concept Aero Sport Lounge. Agora a intenção evolui para “uma solução inovadora” que consiste em projectar a informação num painel opaco que passa a transparente, “para revelar os materiais”, quando está inactivo.

Está preparado para que o interior do seu BMW seja assim?

De acordo com director de Design da DS Automobiles, Thierry Metroz, o M.i. 21 é uma base de trabalho para ser levada a sério pois, ao contrário de um concept car, “a maioria dos elementos tem de estar pronta para a produção”, acrescentando que “os manifestos tornam reais” a visão sobre “um produto futuro” e servem depois de “quadro de referência”. Mas quando é que esta visão se poderá materializar? Para já, está a testar águas para avaliar a receptividade do público, mas a própria DS assume que esta base “estabelece um plano de cinco anos, período necessário para desenvolver os futuros modelos que irão chegar ao mercado antes do final da década”.

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