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Este sábado ficou marcado pela confirmação, por parte de Volodymyr Zelensky, que a contraofensiva ucraniana já está em curso. “Ações contraofensivas e defensivas apropriadas estão a acontecer na Ucrânia”, disse o Presidente ucraniano, que não quis revelar pormenores, mas disse que confia nos militares e que está em constante contacto com os comandantes em várias áreas. O Presidente ucraniano fez estas declarações durante uma conferência de imprensa a propósito da visita de Justin Trudeau a Kiev. O primeiro-ministro do Canadá levou na bagagem uma doação de mais 500 milhões de dólares em ajuda militar e confirmou também que o seu país vai treinar pilotos de caça ucranianos.

Os problemas causados pela destruição da barragem de Kakhovka continuam a ser notícia. A ONU alerta que haverá 700 mil pessoas sem acesso a água potável. Martin Griffiths, subsecretário-geral da ONU para os Assuntos Humanitários, disse que as inundações terão impacto na exportação de cereais.

O que aconteceu durante a noite e a manhã?

  • A Rússia lançou, durante a última noite, um ataque com drones e mísseis contra a cidade de Poltava, capital da região com o mesmo nome, na zona nordeste da Ucrânia. Não se registaram feridos.
  • A Rússia assegura que as forças ucranianas efetuaram pelo terceiro dia consecutivo uma ofensiva durante a noite, na região de Zaporíjia, sudoeste da Ucrânia. A informação foi divulgada pelo presidente prorruso do movimento “Juntos com a Rússia” na província, Vladimir Rogov.

Valerii Zaluzhnyi. O general “modesto” e “popular” por trás dos êxitos militares ucranianos e da contraofensiva

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  • Pelo menos três pessoas morreram e 26 ficaram feridas num ataque aéreo russo com foguetes e aviões não tripulados durante a noite em zonas residenciais na região de Odessa.
  • A Ucrânia está a realizar operações ofensivas em pelo menos três setores da frente de combate, avança o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW). As três frentes onde se concentram os esforços ucranianos para recuperar território são Bakhmut; Marinka e Avdiivka; e Lobkove e Robotyne (a sul).
  • O primeiro ministro do Canadá visitou a capital ucraniana, Kiev. Justin Trudeau anunciou a doação de mais 500 milhões de dólares em ajuda militar e confirmou também que o Canadá vai treinar pilotos de caça ucranianos.
  • A água do rio Dnipro deve voltar ao caudal normal na sexta-feira, 16 de junho, pelo menos na parte baixa de Kakhovka, onde se encontrava a barragem que colapsou na terça-feira. A estimativa é da empresa hidroelétrica russa RusHydro.
  • Nas últimas 48 horas, as forças ucranianas terão conseguido penetrar nas primeiras linhas de defesa russa, tendo alcançado alguns progressos na linha da frente, segundo o Ministério da Defesa do Reino Unido.
  • O chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou que pretende voltar a conversar “em breve” com o Presidente russo, mas ressalvou que a condição prévia para uma “paz justa” é que a Rússia retire as suas tropas da Ucrânia.
  • O movimento Yellow Ribbon (fita amarela), um movimento de resistência nos territórios ucranianos ocupados pela Rússia, demonstrou, no quartel-general das forças russas na região de Zaporíjia (que é a cidade de Melitopol), que está à espera da libertação da cidade pelas forças de Kiev.
  • A destruição da barragem de Nova Kakhovka deixou 700 mil pessoas sem água potável na Ucrânia. A situação humanitária está “extremamente pior” nas zonas afetadas pelas cheias causadas pela destruição da barragem, alerta a ONU.

O que aconteceu durante a tarde?

“Ações defensivas e contraofensivas estão a acontecer” Zelensky confirma que contraofensiva está em curso

  • O ministro da Defesa russo garante que as forças armadas russas repeliram as tentativas de avanço ucranianas nas regiões de Donetsk e Zaporíjia, bem como em redor de Bakhmut.
  • O governo britânico anunciou este sábado que vai enviar 16 mihões de libras (cerca de 18,7 milhões de euros) em ajuda humanitária para as vítimas da destruição da barragem de Nova Kakhovka, através dos parceiros que estão a ajudar os civis. A ajuda conta também com barcos, filtros de água comunitários e bombas de água.
  • O ministro das Indústrias Estratégicas da Ucrânia, Oleksandr Kamyshin, afirmou que apenas 15% dos 4.655 abrigos antiaéreos de Kiev estarão em condições de serem usados e “sem problemas significativos”. Admitiu que “os resultados são dececionantes” e acrescentou que 50% dos abrigos da capital estão “tecnicamente adequados para uso”, mas devem ser arranjados, enquanto 35% foram considerados inutilizáveis.
  • Quinze carruagens de um comboio de carga descarrilaram na região russa de Belgorod, na fronteira com a Ucrânia. A notícia foi dada pelo governador local, Vyacheslav Gladkov, este sábado à noite, no Telegram. O comboio estava vazio e não há vítimas. Não há mais informações sobre o ocorrido, pelo que não se sabe se estará ou não relacionado com a guerra.
  • O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, informou o homólogo chinês sobre a missão de paz de seis líderes africanos à Ucrânia e à Rússia, segundo comunicado da presidência. Xi Jinping elogiou a iniciativa do continente africano e, embora não se saiba quando foi a conversa, também falaram sobre a sua cooperação na próxima cimeira dos BRICS.

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