Era um dos grandes nomes da banda desenhada mas não se considerava propriamente um criador. Na verdade, são de John Romita os desenhos de um dos super-heróis mais conhecidos da Marvel entre 1966 e 1996, o “Homem-Aranha”. Agora, foi um outro autor de BD, por sinal o seu filho, que trouxe a notícia da sua morte, na segunda-feira, aos 93 anos.

“O meu pai, John Romita, morreu pacificamente durante o sono. É uma lenda no mundo da arte e seria uma honra para mim seguir os seus passos. Foi o melhor homem que já conheci”, escreveu no Instagram o filho John Romita Júnior.

Os tributos, como o de Sean Phillips, por exemplo, não se fizeram esperar. O artista britânico de banda desenhada  conhecido pelas colaborações com Ed Brubaker, como The Fade Out e Fatale, escreveu no Twitter que Romita era “o melhor artista do Homem-Aranha”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Também a Marvel lamentou a morte de Romita no Twitter, que considerou ser um dos seus pilares, chamando-lhe mesmo um “criativo gigante” e publicando várias das suas vinhetas.

Romita trabalhou com o fundador da Marvel, Stan Lee, com quem criou várias personagens como Mary Jane Watson, Wolverine e o Punisher. Também desenhou alguns álbuns de Demolidor, uma outra produção da Marvel Comics, assinada por Stan Lee.

Nas redes sociais, sucederam-se os elogios ao artista britânico, com alguns fãs a referirem a sua simplicidade, o que se pode confirmar numa entrevista ao The Comics Reporter em 2002. “Não me considero um criador” confessou Romita. “Já criei muita coisa. Mas não me considero um verdadeiro criador no sentido de Jack Kirby (co-criador do famoso Capitão América)”, explicou então. Mas sempre tive a capacidade de melhorar as histórias de outras pessoas, as personagens de outras pessoas. E acredito que foi isso que me garantiu uma carreira de 50 anos.”