“Bills, Bills, Bills” (“contas, contas, contas”, em tradução livre) é da era das Destiny’s Child, mas a música do álbum The Writing’s on the Wall (1999) bem podia ter estado no alinhamento dos dois concertos de Beyoncé em Estocolmo, Suécia, no mês passado. Economistas apontam a cantora como responsável por manter a inflação alta no país graças à subida de preços dos hotéis na cidade e zonas circundantes.
“O facto de Beyoncé ter começado a digressão mundial na Suécia parece ter colorido a inflação em maio, quanto ainda é incerto”, escreveu Michael Grahn, economista no Danske Bank na Suécia, nas redes sociais.
???????? Beyonce's start of her world tour in Sweden seems to have coloured May inflation, how much is uncertain, but probably 0.2 p.p. of the 0.3 p.p that hotels/restaurants added. Perhaps also hiked concert ticket prices (recreation). Otherwise as expected.
— Michael Grahn (@MichaelGrahn1) June 14, 2023
É a leitura do economista depois da Sweden Statistics publicar esta quarta-feira dados relativos a maio. Mais tarde, o economista reforçou a tese ao jornal Financial Times: “Beyoncé é responsável pela subida extra este mês. É surpreendente para apenas um evento. Não vimos nada assim antes”. Grahn estima que a cantora tenha causado uma subida de 0.2 pontos percentuais.
Fãs de todo o mundo voaram para a capital sueca para os dois concertos esgotados da tour de apresentação do álbum Renassaince, lançado no ano passado. Há sete anos que Beyoncé não fazia uma digressão a solo. Há espetáculos pela Europa até dia 27, terminando em Varsóvia, na Polónia. Depois, a cantora arranca a digressão norte-americana, a 8 de julho, em Toronto, no Canadá. A última data é em Nova Orleães, nos EUA, a 27 de setembro.
Segundo o Financial Times, vários economistas, entre eles Andreas Wallström, do Swedbank, esperam que o efeito se reverta este mês, mas temem que situação semelhante possa ocorrer com os concertos de Bruce Springsteen em Gothenburg, no final de junho.