As autoridades filipinas retiraram cerca de 20 mil pessoas da zona do vulcão Mayon, que expeliu a maior quantidade de lava na quinta-feira desde o aumento de atividade registado no início do mês, disseram esta sexta-feira fontes locais.

O Instituto Filipino de Vulcanologia e Sismologia (Phivolcs) disse que a lava se afastou mais de um quilómetro da cratera, enquanto a atividade do vulcão se manteve semelhante à dos dias anteriores, com quatro sismos registados.

O Phivolcs voltou a alertar para o risco crescente de deslizamentos de terras ou avalanches de cinzas, lama e sedimentos expelidos pelo Mayon que se acumulam todos os dias nas encostas do vulcão, segundo a agência espanhola EFE.

O instituto manteve o alerta três, uma escala de cinco, para a possibilidade de uma grande erupção do vulcão localizado na ilha de Luzon, no nordeste do país do Sudeste Asiático.

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As autoridades da província de Albay disseram à EFE que transferiram os residentes num raio de seis quilómetros do vulcão, cerca de 20 mil pessoas.

Admitiram também que temem uma evacuação caótica da região se o alerta passar para o nível quatro.

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Nesse caso, teriam de retirar os residentes num raio de até oito quilómetros, o que implicaria cerca de 40 mil pessoas, disseram as mesmas fontes.

O Mayon é o vulcão mais ativo das Filipinas, cujo Presidente, Ferdinando Marcos Júnior, admitiu, na quinta-feira, a construção de centros de acolhimento permanentes na província de Albay.

Devido à beleza do cone quase perfeito, o vulcão Mayon é uma das principais atrações turísticas da região.

Com 2.463 metros, o Monte Mayon é o ponto mais alto de Albay e de toda a região de Bicol, a que pertence a província.

Em 2018, a erupção do vulcão levou as autoridades a retirar mais de 75 mil pessoas da zona.

A erupção mais mortífera do Mayon ocorreu em 1814, quando cerca de 1.200 pessoas foram soterradas por rios de lava e quedas de rochas vulcânicas, segundo o Phivolcs.

O arquipélago das Filipinas, com mais de 146 milhões de habitantes e mais de 7.600 ilhas, tem 24 vulcões ativos, segundo o site do Phivolcs.

Situa-se no chamado “Anel de Fogo do Pacífico”, ao longo do qual ocorrem cerca de 90 por cento dos terramotos e 75% das erupções vulcânicas.

Para o Philcs, trata-se de um “cenário tectónico único”, que favorece o vulcanismo e a atividade sísmica.

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O país localiza-se nos limites de duas placas tectónicas, a do Mar das Filipinas e a euro-asiática, “que mergulham sob o arquipélago ao longo das profundas trincheiras da costa leste e oeste”, segundo o mesmo instituto.