O município de Ourém vai ativar, em 1 de julho, o Plano de Emergência e Proteção Civil, devido aos incêndios e à Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que prevê a deslocação do Papa a Fátima, foi esta sexta-feira anunciado.
“É a época em que pode haver mais calor e estamos sujeitos à questão dos incêndios florestais, como, infelizmente, tivemos o ano passado e, portanto, temos de estar precavidos, além de que, se prevê, a partir dessa altura, também por força da JMJ, possam acorrer mais pessoas a Fátima e temos de estar preparados para toda essa situação”, afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara, Luís Albuquerque.
O autarca falava após uma reunião, esta sexta-feira, da Comissão Municipal de Proteção Civil, nos Paços do Concelho, na qual foi aprovada, por unanimidade, a ativação do Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil, com efeitos a partir de 1 de julho, justificado com “as previsões para o próximo verão e o histórico de incêndios no concelho”, conjugados com a deslocação do Papa Francisco ao Santuário de Fátima.
Luís Albuquerque explicou que têm assento nesta comissão “todos os agentes que têm intervenção no espaço público”, como abastecimento de água, saneamento, energia, telecomunicações, bombeiros, Guarda Nacional Republicana ou juntas de freguesia.
“Todos estiveram representados e todos estamos coordenados para que tudo possa correr pelo melhor, como, felizmente, tem corrido nos outros grandes eventos que tem havido em Fátima nos últimos anos”, adiantou.
O presidente da Câmara de Ourém, no distrito de Santarém, reconheceu que a deslocação do Papa a Fátima é uma “operação muito complexa, muito complicada, onde é preciso gerir e coordenar todas estas entidades”.
“Mas penso que [com] o trabalho que temos vindo a fazer — só nós, porque o Governo não tem colaborado com nada — estamos preparados, pelo menos temos essa consciência de que tentamos estar preparados, para poder responder ao acréscimo efetivo, e será muito, de pessoas em Fátima durante três semanas”, declarou, referindo que se trata da semana anterior à JMJ, ao período da JMJ e a semana seguinte.
O presidente da Câmara de Ourém, no distrito de Santarém, adiantou que as questões primordiais são a segurança e gestão do espaço público, reconhecendo que este período vai “exigir muito de todos”, e disse esperar que todos estejam preparados, “para poder responder da melhor forma”, para deixar uma “boa imagem do concelho de Ourém, de Fátima e, especialmente, do país”.
“Muitos dos que nos visitarem virão de fora e esperam ser bem recebidos e ter boas condições para aqui poderem permanecer”, acrescentou.
Ourém foi um dos concelhos mais atingidos por incêndios no verão de 2022, tendo o presidente do município apresentado ao Governo um “caderno de encargos” de seis milhões de euros, que correspondem aos prejuízos provocados pelos fogos, “sem contar com a floresta”.
A JMJ vai realizar-se entre 1 e 6 de agosto em Lisboa, estando anunciada a deslocação do Papa Francisco ao Santuário de Fátima no dia 5.