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“Para todos os interessados, o líder dos serviços de informação militares da Ucrânia está bem e de boa saúde”. Foi assim que, depois de várias semanas de rumores que garantiam que Kyrylo Budanov estaria gravemente ferido, a Diretoria de Informação ucraniana confirmou que o seu líder máximo se encontrava bem.

Num comunicado publicado esta terça-feira, a diretoria do Ministério da Defesa ucraniano revelou que Kyrylo Budanov se encontrou durante o dia com Matsuda Kuninori, embaixador do Japão na Ucrânia, partilhando uma fotografia do encontro. Juntando um pouco de humor à mistura, partilhou uma segunda imagem do momento, legendada com várias teorias de conspiração, numa aparente tentativa de ridicularizar a forma como a imprensa russa poderia tentar alterar a narrativa sobre o estado de saúde de Budanov:

  1. O líder dos serviços de informação militares ucranianos encontra-se entre duas pessoas para não cair.
  2. O cabelo foi rapado porque foi submetido a uma trepanação do crânio.
  3. A postura pouca característica explica-se porque está a usar um corpete especial que serve de suporte às costas.

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Também o Ministério dos Negócios Estrangeiros comentou esta a fotografia. “Não é [uma imagem] falsa. Todos os participantes da reunião estão vivos e saudáveis“, sublinhou num comunicado.

Gravemente ferido? Onde está Kyrylo Budanov, o chefe das secretas ucranianas no centro da “propaganda” russa?

Esta terça-feira, Budanov também deu uma entrevista em direto a um canal de televisão ucraniano, onde revelou novos pormenores sobre a destruição da barragem de Nova Kakhovka. “Este desastre criado artificialmente pelo homem é um ato terrorista e um ato de ecocídio conscientemente cometido pela Federação Russa”, sublinhou, acrescentando que os militares russos desocuparam a infraestruturas cerca de meia hora antes da explosão.

Na semana passada a imprensa russa noticiou que o líder dos serviços de informação militares teria ficado “gravemente ferido” num ataque russo que atingiu a capital ucraniana a 29 de maio. A agência Ria avançava, inclusivamente, que teria sido transferido para o hospital militar Bundeswehrkrankenhaus, em Berlim, onde os militares ucranianos têm vindo a ser tratados desde 2014.

Desde o dia 29 de maio que alegadamente Budanov não seria visto. No entanto, o discreto líder dos serviços secretos militares, conhecido por manter um estilo de vida cauteloso e raramente aparecer em público, já tinha aparecido em dois vídeos partilhados no mês seguinte, apesar de não constar a data de gravação.

A Ucrânia pouco comentou os rumores e na semana passada Andriy Yusov, um representante dos serviços de informação do Ministério da Defesa da Ucrânia, foi um dos poucos oficiais ucranianos a pronunciar-se sobre o caso. Em declarações na televisão estatal, garantiu que Budanov “tem muitos planos, está focado no trabalho e tem muito pouco tempo livre”.