São Tomé e Príncipe já estava a receber combustível esta sexta-feira de manhã, após mais de duas semanas que praticamente paralisaram o país devido a dificuldades de abastecimento, anunciou à Lusa o primeiro-ministro são-tomense.
“As bombas de gasolina já estão a ser abastecidas esta sexta-feira de manhã”, afirmou Patrice Trovoada. Segundo o chefe do executivo, o combustível que chegou ao país é proveniente do Togo, após um navio mais pequeno ter feito a trasfega em alto mar e ter conseguido atracar na ilha de São Tomé.
O primeiro-ministro adiantou ainda à Lusa que o governo vai apurar responsabilidades sobre as dificuldades de abastecimento. Na segunda-feira, fonte da Empresa de Combustíveis e Óleo (ENCO) tinha dito à Lusa que em três dias contava ultrapassar a crise de abastecimento, uma vez que obtiveram respostas positivas por parte do Togo e de Angola.
Devido à ação do governo e também da ENCO, a petrolífera angolana Sonangol “aceitou antecipar a entrega que estava programada para final deste mês”, disse à Lusa o diretor administrativo e financeiro da empresa são-tomense e deputado da Ação Democrática Independente (ADI, no poder), Orlando da Mata.
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Ao mesmo tempo, do Togo, de onde é procedente o navio com combustíveis que chegou há duas semanas mas que até hoje, por razões técnicas e apesar de várias tentativas, não conseguiu descarregar, já saiu um navio mais pequeno e com as características necessárias para receber o combustível do primeiro navio e depois fazê-lo chegar aos terminais, o que já começou a acontecer hoje.
Como tinha já avançado na passada quinta-feira no parlamento, Orlando da Mata referiu que foram encontradas parcerias internas para evitar o colapso do país, nomeadamente 500 mil litros de gasóleo disponibilizados pela Voz da América.
Sem gasolina e com o gasóleo racionado e os preços a subir devido à especulação, a preocupação do governo tem sido manter os serviços essenciais a funcionar e, por exemplo, disponibilizou autocarros gratuitos para a população.