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O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, já abandonou a Rússia para se instalar na Bielorrússia após a insurreição do fim de semana. Mas deve ter cuidado, sobretudo com “janelas abertas”, avisou esta segunda-feira um antigo diretor da CIA, numa referência à grande quantidade de protagonistas russos — vários magnatas que se pronunciaram contra a invasão da Ucrânia, por exemplo — que têm morrido em circunstâncias pouco claras, envolvendo em muitos casos quedas de edifícios altos.
Na CNN internacional, o antigo diretor da CIA David Petraeus foi claro: Prigozhin deve “manter-se longe de janelas abertas”, como citam vários órgãos norte-americanos. “Ele devia ter muito cuidado ao pé de janelas abertas perto de si, na Bielorrússia, para onde vai agora”, notou.
Na análise de Petraeus, Prigozhin pôde, pelo menos por agora, “salvar a sua vida” mas “perdeu o grupo Wagner”, em referência ao grupo de mercenários que lidera e que tem estado a defender a Rússia, apesar das muitas críticas públicas que Prigozhin tem dirigido sobretudo ao ministério da Defesa.
Ainda nesta segunda-feira, já no rescaldo da rebelião do fim de semana, o chefe do Wagner veio garantir que a insurreição não tinha por objetivo arredar Vladimir Putin do poder, mas acrescentou que, se a “operação especial” — a invasão da Ucrânia — tivesse sido conduzida por uma unidade com o treino do seu grupo, os objetivos teriam ficado cumpridos num dia.
Não faltam exemplos de russos que morreram em cenários que envolveram janelas — e quedas aparatosas — desde que a guerra começou. O oligarca Dmitriy Zelenov, por exemplo, morreu aos 50 anos depois de cair nas escadas da casa de uns amigos.
Já Ravil Maganov, presidente do conselho de administração e vice-presidente da Lukoil, a segunda maior petrolífera da Rússia — uma das poucas empresas que publicamente criticou a invasão à Ucrânia — tinha sofrido um ataque cardíaco e estava internado quando morreu após cair de uma janela do sexto andar do Hospital Clínico Central de Moscovo. A agência russa TASS escreveu que se trataria de um suicídio.