De portas abertas desde 1978, quando surgiu como livraria tradicional, a Arquivo apostou, desde o ano 2000, em programação cultural mensal, com concertos, tertúlias, clube de leitura, oficinas, lançamento de livros, exposições e performances.
Dessa forma, tornou-se “referência nas livrarias independentes portuguesas”, lê-se na página da livraria na internet.
Este ano, o projeto conhece uma nova página, depois de mais um mês de portas fechadas para “obras importantes nas infraestruturas”, de forma a resolver a “necessidade de mais espaço, especialmente na área de atendimento, arrumação e exposição”, explicou à agência Lusa a proprietária, Alexandra Vieira.
“Ao mesmo tempo, estamos a melhorar ou modificar um pouco a estrutura de oferta, mas tendo sempre como base a Arquivo-casa”.
Porque “um dos elogios mais feitos pelos clientes e amigos, generosos nas palavras, é esse sentimento que têm de a Arquivo ser como uma segunda casa”.
A responsável avançou que o investimento — cujo valor não revela — tem como objetivo permitir que a livraria “seja a tal segunda casa”, oferecendo “um espaço coerente com as convicções, importância dos livros, dos amigos”.
“Será um elogio a ambos, porque sem eles não existimos”, sublinhou Alexandra Vieira.
Em termos de área, a remodelação permite crescer mais de 50%, passando de 240 para 370 metros quadrados na avenida Combatentes da Grande Guerra.
A filosofia do projeto mantém-se, mas a variedade de títulos “será ampliada”, tal como “a oferta de ‘gift’ e a cafetaria”.
“As valências serão as mesmas, mas agora com maior possibilidade de as explorarmos e com mais conforto para quem aqui trabalha e, naturalmente, também para os clientes e amigos”, sublinhou.
A agenda mensal de eventos será reforçada, para “afirmar cada vez mais a Arquivo como promotor cultural” e “uma casa de todos”.
“A Arquivo quererá sempre melhorar, faz parte da sua génese nunca estar satisfeita”, resumiu Alexandra Vieira.
A reabertura é assinalada a partir das 17:30 de sexta-feira, com a performance “É então isto um livro?”, da coreógrafa Dora Fonseca, seguindo-se a inauguração da exposição “Diálogos da madeira”, de Abílio Febra, “Poesia intermitente com a guitarra à frente” e seleção musical de DJ Schmeichel.
No sábado, a festa prossegue ao longo do dia com oficina do ilustrador Paulo Galindro para os mais novos, tertúlia “O que pode a arte?”, com Gonçalo M. Tavares, a partir de “Atlas do corpo e da imaginação”, e concertos de Lince, Luís Jerónimo e Sean Riley.