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Já foi dominado por volta do 12h45 o fogo que lavrava desde o início da tarde de quarta-feira na Serra do Montejunto e que às 6h30 desta quinta-feira tinha duas frentes ativas. A dificuldade dos acessos, o vento e as possíveis reativações continuam a preocupar os bombeiros. “As duas frentes estão em resolução”, confirmou à agência Lusa Hélder Silva, comandante regional da Lezíria do Tejo da Proteção Civil.
Na quarta-feira, fonte do Sub-comando de Operações de Socorro do Oeste, Carlos Silva, informou que os meios aéreos chegaram a ser 13, mas foram desmobilizados com o cair da noite e pela proximidade das chamas a postes de alta tensão. Já esta quinta-feira, por volta das 13h, o incêndio estava a ser combatido por 539 operacionais, com o apoio de 166 meios terrestres e sete meios aéreos, disse à Lusa fonte da Proteção Civil.
O presidente da câmara do Cadaval, José Bernardo Nunes, explicou à agência Lusa na quarta-feira que o fogo, que começou na localidade de Espinheira, no seu concelho. As chamas chegaram a obrigar as autoridades a cortar a circulação automóvel Estrada Nacional 1, nas localidades de Cercal (Cadaval) e Abrigada (Alenquer) e na estrada municipal entre Abrigada e Pragança, de acesso à Serra do Montejunto. O fogo deflagrou pelas 13h51 na localidade de Espinheira, na base da Serra de Montejunto.
Segundo explicou o comande da Proteção Civil, “temos pontos muito quentes e acesos difíceis, o que dificulta a rapidez dos meios e a eficácia do combate”. Prevê-se que, para a tarde, “os trabalhos decorram favoravelmente”, embora se mantenham as preocupações com o vento, as reativações e a dificuldade de acessos.
De acordo com Carlos Silva, não havia pessoas, nem localidades em risco, apenas o registo de quatro operacionais que necessitaram de ser assistidos no local: “Dois por quedas e outros dois por inalação de fumos, mas coisas muito ligeiras, tendo os quatro regressado ao trabalho”, contou.
Dominado fogo no concelho de Silves
Já o incêndio que deflagrou em São Marcos da Serra, no concelho de Silves, foi dado como dominado pelas 20h30, mas a circulação na Estrada Nacional (EN) 267 só foi restabelecida pelas 23h45.
Fonte do Comando Regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve referiu que o fogo em São Marcos da Serra, no concelho de Silves, distrito de Faro, que teve início por volta das 15h40, foi dado como dominado às 20h26. Os meios vão continuar posicionados no terreno para procederem à consolidação do incêndio e, depois, ao rescaldo, acrescentou. No local mantinham-se, às 00h30, 191 operacionais, apoiados por 57 viaturas, a realizarem trabalhos de consolidação.
Além do corte da EN 267, que liga São Marcos da Serra ao concelho de Monchique, o fogo levou durante a tarde à interrupção da circulação ferroviária na Linha do Sul, que liga Lisboa ao Algarve e que foi restabelecida pelas 19h17.
Durante a tarde, o incêndio desenvolveu-se “com grande intensidade” numa zona de mato e de pinhal na zona do Barranco das Veredas, em São Marcos da Serra, tinha referido a Proteção Civil.