Pelo menos 21 pessoas morreram num deslizamento de terras ocorrido na semana passada numa zona de estâncias turísticas na região montanhosa de Ratcha, no noroeste da Geórgia, segundo um novo balanço divulgado esta quarta-feira pelas autoridades locais. O anterior balanço das autoridades dava conta de 11 vítimas mortais.

O deslizamento de terras ocorreu na noite de quinta-feira passada, na região montanhosa de Shovi, localizada numa zona onde existem muitas estâncias turísticas, no noroeste do país.

As equipas de emergência permanecem no terreno e continuam com os esforços de busca e resgate de mais de uma dezena de pessoas que estão dadas como desaparecidas. Mais de 210 pessoas foram resgatadas com sucesso, segundo o portal de notícias Civil.

Segundo testemunhas, que falaram aos meios de comunicação georgianos, o deslizamento de terras devastou tudo que encontrou pelo caminho, nomeadamente soterrando pequenos chalés de madeira que estavam localizadas à beira do rio Chanchaji.

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Elementos da polícia, bombeiros, helicópteros da guarda fronteiriça, drones (aparelhos aéreos não tripulados) e equipas especiais, incluindo uma equipa cinotécnica, participam nas operações de resgate. A operação também envolve funcionários dos Ministérios da Defesa e das Infraestruturas. Segundo os cálculos dos especialistas, o deslizamento de terras envolveu mais de cinco milhões de metros cúbicos de terra e rochas.

“Esta é a maior catástrofe natural conhecida na zona ocidental da Geórgia, à exceção do sismo de 1991 na região de Ratcha”, afirmou na semana passada o geólogo Merab Gaprindashvili, da Agência do Ambiente da Geórgia, em declarações aos meios de comunicação locais.

De acordo com o perito, o deslizamento de terras foi provocado pelas chuvas torrenciais ocorridas no país, situação que foi agravada pelo degelo de dois glaciares na cordilheira do Cáucaso, perto de Shovi.