Uma notícia má não veio mesmo só: depois do anúncio da ausência de Patrícia Mamona dos Campeonatos do Mundo de atletismo que decorrem em Budapeste a partir de sábado, Pedro Pablo Pichardo, que ainda seguiu viagem para a Hungria, foi forçado a abdicar da competição por se ressentir de problemas físicos.

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Depois de feito a estreia por Portugal exatamente nos Mundiais mas de 2019, onde ficou a apenas quatro centímetros das medalhas, Pedro Pablo Pichardo ganhou tudo o que havia para ganhar depois da pandemia a partir de 2021: foi campeão europeu de Pista Coberta em Torun, na Polónia; tornou-se o quinto campeão olímpico nacional batendo o recorde de Portugal em Tóquio, no Japão, com a marca de 17,98; foi vice-campeão mundial de Pista Coberta em Belgrado, na Sérvia, perdendo apenas para o cubano Lázaro Martínez; sagrou-se campeão mundial ao Ar Livre em Oregon, nos EUA, com a marca de 17,95; ganhou o título europeu ao Ar Livre em Munique, na Alemanha; e, já este ano, revalidou o título europeu de Pista Coberta em Istambul, na Turquia, com 17,60, estabelecendo ainda uma nova melhor marca nacional.

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“O atleta partiu hoje [quinta-feira] com a comitiva nacional mas durante a viagem, que tem sido atribulada para todas as seleções devido a atrasos nos voos, voltou a sentir os sintomas da lombalgia, lesão que o impediu esta época de participar nos Campeonatos da Europa de Equipas, nos Campeonatos Nacionais de Clubes e nos Campeonatos de Portugal. Pedro Pichardo foi examinado e avaliado pela equipa médica que acompanha a seleção nacional a estes mundiais e foi aconselhado a não participar na competição. A situação já foi comunicada à World Athletics pelo team leader da delegação nacional, o vice-presidente da FPA, Fernando Tavares. Com esta ausência, o triplo salto nacional será representado pelo atleta Tiago Luís Pereira”, anunciou a Federação Portuguesa de Atletismo em comunicado colocado no site oficial.

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“Além de Portugal, com Pichardo, também a seleção dos EUA se deparou com duas baixas de peso, as dos velocistas e campeões mundiais Sydney McLaughlin e Michael Norman, igualmente por lesão”, adianta ainda a FPA, dando mais exemplos de outros atletas que não defenderão o título em Budapeste.

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Desta forma, Portugal tem em Auriol Dongmo a principal esperança de chegar às medalhas nestes Mundiais de atletismo, com a lançadora a tentar “vingar” o quinto lugar de 2022 em Oregon (e quarta posição que teve nos Jogos Olímpicos) numa fase em que chega como bicampeã europeia de Pista Coberta e vice-campeã europeia ao Ar Livre. Além da atleta do peso, participam ainda por Portugal na competição Lorene Bazolo, Arialis Martínez, Cátia Azevedo, Fatoumata Diallo, Patrícia Silva, Marta Pen, Salomé Afonso, Mariana Machado, Solange Jesus, Eliana Bandeira, Jéssia Inchude, Liliana Cá, Irina Rodrigues, Ana Cabecinha, Vitória Oliveira, Inês Henriques, Carina Vanessa, João Coelho, Isaac Nader, João Pedro Buaró, Tsanko Arnaudov, Francisco Belo, Leandro Ramos, João Vieira, Ricardo dos Santos e Omar Elkhatib.