A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) abriu um inquérito para investigar o estado em que se encontram os carros da PSP de Loures. Esta investigação surge menos de duas semanas depois da morte de uma agente da divisão de Loures, de 28 anos, na sequência de um despiste na zona de Sacavém.

Em comunicado, a IGAI explica que “atribuiu caráter urgente” ao inquérito e que será investigado se os carros da PSP da divisão de Loures “estão em condições para circularem na via pública, se os agentes policiais dessa divisão são obrigados pelos seus superiores hierárquicos a usarem essas viaturas, quantos carros-patrulha existem para toda a área territorial e se a Equipa de Intervenção Rápida dispõe de veículos para o exercício da sua ação policial”.

Sindicato denuncia falta de carros para PSP responder a ocorrências em Loures

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Na semana passada, depois da notícia sobre a morte da agente da PSP em Sacavém, o Sindicato Independente dos Agentes da Polícia (SIAP) alertou para a falta de carros para responder às ocorrências na zona de Loures. “Uma situação caótica”, descreveu este sindicato numa nota enviada à Lusa.

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“Neste momento, das oito esquadras de competência genérica, apenas a esquadra de Odivelas e de Sacavém possuem carros de serviço, sendo que, até estes, correm o risco de vir a parar por falta de manutenção”, acrescentou o SIAP, referindo ainda que a divisão de Loures serve praticamente 300 mil pessoas.

Agente da PSP morre em despiste de carro patrulha em Sacavém

Ainda sobre o estado dos carros da PSP, o Sindicato Nacional de Polícia (SINAPOL) explicou, em entrevista à Rádio Renascença, que o carro em que seguia a agente que morreu a 10 de agosto tinha 15 anos de serviço. “Uma viatura com 15 anos não tem a capacidade de proteção ativa quer dos seus ocupantes, quer de terceiros exteriores que tem uma viatura atual”, disse Armando Ferreira, dirigente sindical.