O Ministério da Defesa, então liderado por João Gomes Cravinho, cedeu oito imóveis militares ao Ministério das Infraestruturas, então liderado por Pedro Nuno Santos, em 2021. Em dois anos, nem as casas estão disponíveis para habitação, nem as Forças Armadas viram o dinheiro prometido, noticia o Diário de Notícias.

Os oito imóveis dariam origem a 1.379 casas em Lisboa, Porto e Oeiras para serem disponibilizadas com rendas acessíveis. Em troca, as Forças Armadas receberiam 110 milhões de euros por 75 anos dos direitos de propriedade, mas ainda só viram 15,4 milhões de euros.

Ouvida pelo DN, a porta-voz da ministra da Habitação diz que são “operações de elevada complexidade” e que são para “concluir até 2026, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência”.

A Câmara Municipal de Lisboa, que deveria ficar com a Quinta da Alfarrobeira, desistiu da operação devido ao “valor de investimento financeiro muito considerável”, decidindo que “estrategicamente não fazia sentido”.

Jorge Seguro Sanches, antigo secretário de Estado da Defesa e mentor da ideia, continua a defender a estratégia como uma forma de rentabilização, em que não se perde o património (apenas se cede por tempo limitado) e se consegue financiamento para a conservação, modernização e construção de outras infraestruturas das Forças Armadas.

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