O presidente do Brasil, Lula da Silva, manifestou nesta quinta-feira intenção de reforçar a cooperação com o Irão, no seu primeiro encontro com o seu homólogo do Irão, Ebrahim Raisi, na África do Sul, disse à Lusa fonte da presidência brasileira.

A reunião bilateral ocorreu em Jonesburgo, à margem da cimeira de chefes de Estado e de governo dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), após o anúncio desta quinta-feira da entrada do Irão para o bloco, em 2024. Lula da Silva reiterou a vontade de reforçar as relações comerciais com Teerão, segundo a Presidência da República brasileira.

Dados oficiais indicam que o Irão foi o 18.º maior importador do Brasil com um volume de negócios na ordem de 4,3 mil milhões de dólares (3,9 mil milhões de dólares).

No mês passado, a África do Sul e o Irão concordaram em cooperar no setor da Defesa, no âmbito de um vasto acordo de cooperação assinado em Pretória, que inclui ainda os setores da Agricultura, Transportes, Ambiente, Comércio e Investimento, Ciência, Recurso Hídricos, Energia, Educação, Saúde, Desenvolvimento Social, Desporto e Cultura.

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Os chefes das diplomacias dos dois países anunciaram o restabelecimento das relações diplomáticas entre a República Islâmica do Irão e o Reino da Arábia Saudita, notando também a saída dos Estados Unidos do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), um acordo internacional acerca do programa nuclear iraniano.

Com a entrada do Irão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, no próximo ano no grupo de países BRICS, o bloco passa a integrar os nove maiores produtores de petróleo do mundo, juntamente com a Rússia, China e Brasil.

O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anunciou nesta quinta-feira a entrada da Argentina, Egito, Etiópia, Irão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos no grupo de economias emergentes BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).