A Associação Empresarial do Minho (AEMinho) defendeu esta segunda-feira a necessidade de uma redução “significativa e efetiva” da carga fiscal dos trabalhadores, especialmente os mais jovens, tanto em sede de IRS como dos descontos para a Segurança Social.
Em comunicado, aquela associação, com sede em Braga, sublinhou que é urgente fazer com que o IRS “reflita o tecido social em Portugal”.
Somos um país assente na classe média e os escalões de IRS devem refletir isso mesmo. Menos escalões, com uma incidência de contribuições nos rendimentos mais elevados e com menos incidência nos rendimentos mais reduzidos, mas com uma correspondência realista na situação económica e no seu impacto nos rendimentos”, explica.
Para a AEMinho, “não se pode considerar ricos aqueles contribuintes que nem uma casa conseguem arrendar ou que não conseguem fazer face à escalada inflacionista”.
Tem de existir um observatório que acompanhe e ajuste estas situações”, aponta.
Por outro lado, a associação diz que não se pode “eternizar o falhanço que foi o esquema de Segurança Social adotado no passado, pressionando os trabalhadores com cargas de contribuições elevadas”.
Mesmo o sistema tem de ser repensado, na medida em que, claramente, foi e é um fracasso do ponto de vista da sua sustentabilidade”, sustenta.
A AEMinho diz que é preciso “pensar num sistema no qual o contribuinte possa optar e assumir escolhas em matéria de contribuições, com a respetiva correspondência nas futuras pensões e assistência”.
Mais uma vez, evidenciamos que o Estado não gere melhor do que o privado, como aliás é evidente pelo estado em que se encontra a Segurança Social em Portugal”, refere.
Segundo a AEMinho, a redução efetiva e concreta da carga fiscal é “uma emergência nacional”.
Nesse sentido, diz ainda ser “imperativo” que as taxas que são cobradas aos contribuintes “sejam reduzidas e muitas vezes eliminadas”.
Considera que “não é sustentável nem próspera uma economia na qual se paga ao Estado para fazer tudo, mesmo e essencialmente o que nem consome recursos do mesmo, nem tem sequer relação com ele”.
É mais uma questão de lisura. Os cidadãos não se apercebem dos milhões de euros que pagam em taxas e taxinhas pelo poder que o Estado tem de complicar e maquilhar estes processos”, critica.