Quatro sismos esta terça-feira. Depois de dois no Algarve, um de madrugada e um ao final da manhã, um a meio da tarde no Alentejo, foi sentido um último já ao princípio da noite a norte, em Arouca, Aveiro. Tudo no espaço de 17 horas. Nenhum deles causou danos materiais ou humanos.

O último foi também o de menor magnitude, 2,5 na escala de Richter, registado pelas 18h21, com epicentro  a cerca de dez quilómetros a este de Arouca. Segundo o IPMA “não foi recebida nenhuma informação confirmando que este sismo tenha sido sentido”. De acordo com o instituto, “a localização do epicentro de um sismo é um processo físico e matemático complexo que depende do conjunto de dados, dos algoritmos e dos modelos de propagação das ondas sísmicas”.

“Agências diferentes podem produzir resultados ligeiramente diferentes. Do mesmo modo, as determinações preliminares são habitualmente corrigidas posteriormente, pela integração de mais informação. Em todos os casos acompanhe sempre as indicações dos serviços de proteção civil”, aponta ainda o IPMA na nota.

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Às 14h147 tinha sido registado na estação sísmica de Évora, um outro sismo, com intensidade de 2,6 na escala de Richter, com epicentro a cerca de 8 km a oeste da capital do Alto Alentejo. O abalo foi ainda sentido, com menor intensidade, no concelho de Montemor-o-Novo. Trata-se do terceiro sismo na região em poucas semanas.

No Algarve, um sismo com magnitude 3,7 na escala de Richter foi registado ao final da manhã, 10 horas depois de um outro sismo ter ocorrido na região, durante a madrugada, segundo o IPMA.

O último sismo, registado às 10h17 nas estações da Rede Sísmica do Continente, teve o seu epicentro a cerca de 50 quilómetros a sul de Olhão, no distrito de Faro, adiantou o IPMA, em comunicado, a 20 km de profundidade.

“Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima III/IV (escala de Mercalli modificada) nos concelhos de Faro, Loulé e Olhão”, lê-se na nota.

Durante a madrugada, às 00h49, ocorreu um outro sismo, com magnitude 3,9 na escala de Richter e epicentro localizado a 98 quilómetros a sul-sudoeste de Faro. De acordo com o instituto, este abalo “foi sentido com intensidade máxima III (escala de Mercalli modificada) na região de Albufeira”, a 1 km de profundidade.

Quando há uma intensidade III, considerada fraca, o abalo é sentido dentro de casa e os objetos pendentes baloiçam, sentindo-se uma “vibração semelhante à provocada pela passagem de veículos pesados”, revela o IPMA na sua página da Internet.

Segundo a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10).

Os dois sismos registaram-se em regiões diferentes e falhas diferentes, o que significa que um não foi uma réplica do outro, mas sim sismos diferentes. Portugal fica situado numa região sísmica e é afetado por várias falhas, em constante movimento.

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