Diz-se que “cão que ladra, não morde”. Já esta raça, foge completamente à regra. Mesmo não tendo a capacidade de ladrar, não quer dizer que esteja sempre a mostrar os dentes. Pelo contrário, são conhecidos por serem muito simpáticos. Mas, principalmente, pelos sons peculiares que fazem quando querem comunicar.
Uivar, rosnar, gritar e até trautear: os Basenjis conseguem fazer quase qualquer barulho. Menos ladrar. Mas não se deixe enganar, que esta raça não é para pessoas que gostam do silêncio.
Quando não recorrem à linguagem corporal para se expressarem, estes cães, que têm uma esperança média de vida entre 12 a 16 anos e são geralmente de porte médio, usam qualquer tipo de som para se fazerem ouvir. Mas, afinal, por que é que não conseguem ladrar?
A principal razão é o facto de a sua laringe, também chamada caixa de voz, ter uma forma diferente das dos outros cães. Como o seu ventrículo laríngeo é mais estreito, não consegue vibrar da mesma forma, não conseguindo, por sua vez, produzir um som semelhante a um latido.
Antigamente, acreditava-se que tinham sido os povos africanos a retirar-lhes a capacidade de ladrar. Como estes cães eram usados para a caça, tornavam-se mais furtivos com esta condição, conseguido assim levar as presas diretamente até aos caçadores.
Ainda assim, os estudos feitos a esta raça provaram que esta característica é completamente natural, e que não teve qualquer intervenção humana.
De qualquer das formas, pensa-se também que esta incapacidade pode ter ajudado a raça a sobreviver à sua existência semisselvagem e a proteger as comunidades que a guardavam.