Os deputados do Chega Pedro Pessanha e Rui Afonso foram reeleitos presidentes das comissões políticas distritais de Lisboa e do Porto, respetivamente, segundo resultados divulgados este domingo pelo partido.

Chega vai a votos nas distritais de Lisboa e Porto. Oposição tenta regresso e Ventura tem núcleo duro dividido

Os resultados destas e de outras três eleições internas realizadas este domingo em cinco distritos do país foram divulgados pelo Chega através de um comunicado.

No distrito do Porto, entre três listas candidatas, “a vencedora foi a lista B, encabeçada pelo deputado Rui Afonso, que foi reeleito para um novo mandato com 42,93% dos votos”.

“A lista A, encabeçada por Luís Vasques, obteve 30% dos votos e a lista C, encabeçada por Israel Pontes, conquistou 26,59% dos votos”, lê-se no comunicado.

Em Lisboa, Pedro Pessanha foi reeleito “com 57,11% dos votos, enquanto a lista opositora, a lista A, reuniu 41,76% dos votos”. A lista derrotada era encabeçada por Pedro Martins.

Na Guarda e em Portalegre, onde houve candidaturas únicas, José Marques e Rosário Milhinhos foram eleitos presidentes das respetivas comissões políticas distritais “com 100% dos votos” cada um.

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Em Santarém, José Dotti foi eleito “com 96,4% dos votos”, acrescenta o comunicado divulgado pelo Chega.

Segundo os estatutos do Chega, os presidentes das comissões políticas das secções distritais integram a Convenção Nacional, órgão máximo deste partido, que se define como defensor do “nacionalismo liberal, democrático, conservador e personalista”.

O Chega, constituído em 2019 e liderado pelo ex-militante do PSD André Ventura, que é atualmente a terceira maior força no parlamento, com 12 deputados, viu em agosto o Tribunal Constitucional confirmar a decisão de invalidar a sua 5.ª Convenção Nacional, realizada em janeiro deste ano, em Santarém.

O Tribunal Constitucional declarou inválidas a convocatória e a aprovação do regulamento eleitoral e de funcionamento da 5.ª Convenção do Chega, ressalvando que a validade dos atos praticados nessa reunião — em que André Ventura foi reeleito – “é questão que exorbita” este processo.