Uma cidadã espanhola, diretora de uma organização não-governamental, morreu na Ucrânia, em resultado de um ataque russo que atingiu a viatura em que seguia, informou o Governo espanhol, citado pela agência Europa Press.

Em declarações à comunicação social em Nova Deli, onde se encontra para participar na cimeira do G20, o ministro dos Assuntos Externos em funções, José Manuel Albares, disse que o Governo espanhol recebeu “a confirmação verbal” da morte de Emma Igual, diretora da Road to Relief, que, desde 2022, ajuda a retirar civis da frente de batalha na Ucrânia e entrega ajuda humanitária nas zonas mais afetadas pela guerra.

O ministro espanhol acrescentou que Madrid aguarda ainda “uma confirmação certificada da parte das autoridades ucranianas”.

A Road to Relief já havia publicado na rede social Instagram que o veículo em que viajavam quatro elementos da sua equipa tinha sido atingido num ataque russo ocorrido no sábado de manhã.

A equipa de quatro cooperantes — um alemão, um sueco, um canadiano e a espanhola Emma Igual — viajava de Sloviansk para Bakhmut, para avaliar as necessidades dos civis presos no fogo cruzado em curso na cidade de Ivanivske, na região de Donetsk.

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A organização informou, na altura, que os dois primeiros ficaram feridos e que o terceiro morreu, mas desconhecia o que acontecera a Emma Igual.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e fez nos últimos 18 meses um elevado número de vítimas, não só militares como também civis, impossível de contabilizar enquanto o conflito decorrer.

A invasão — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.