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O presidente russo, Vladimir Putin, não irá anunciar a sua recandidatura às eleições até que se conheça a data das presidenciais em 2024, anunciou o Kremlin nesta segunda-feira.

“Quando se anunciar a data das eleições, irá conhecer-se a data limite para apresentação de candidaturas. Esse será o prazo”, disse Dmitri Peskov, porta-voz presidencial, em declarações ao diário Izvestia. Peskov recordou que Putin assegurou em varias ocasiões que “o importante para si é o apoio das pessoas e a possibilidade de fazer mais por estas”.

“O chefe de Estado já demonstrou em muitas ocasiões que os seus recursos estão a extinguir-se. As suas ideias encontram apoio na sociedade, entre as forças políticas regionais e outros”, afirmou. Alem disso, mostrou-se “convencido” de que os resultados das eleições regionais e locais de domingo “demonstram uma vez mais quão alto é o nível de apoio a Putin“. “É claro que ele terá isso em consideração”, apontou.

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A Comissão Eleitoral Central (CEC) da Rússia anunciou que nos próximos comícios presidenciais dezenas de milhões de russos puderam votar de forma eletrónica, um instrumento fraudulento, segundo a oposição extraparlamentar.

Embora o presidente russo não tenha dito abertamente que pretende concorrer, a presidente do CEC, Ella Pamfilova, sugeriu no início de agosto que Putin concorreria à reeleição. Após a polémica reforma da Constituição em 2020, Putin poderá permanecer no Kremlin por mais dois mandatos presidenciais de seis anos cada, até 2036.

O Kremlin declarou nesta segunda-feira que os resultados das eleições regionais e locais mostram o “apoio absoluto” da sociedade russa ao presidente. Peskov comentou assim a vitória esmagadora do partido do Kremlin, Rússia Unida, nas eleições locais e regionais consideradas uma farsa pela oposição liberal e pelo Ocidente.

O porta-voz garantiu que o Kremlin ainda não iniciou os preparativos para as eleições presidenciais de março de 2024. “Mas se assumirmos que o presidente irá apresentar a sua candidatura, é evidente que na fase atual ninguém pode competir (com ele)”, frisou.

Em meados de agosto, a Justiça russa ordenou a prisão do chefe do principal observador eleitoral independente deste país, Golos, na tentativa de impedi-lo de supervisionar as eleições presidenciais de 2024.