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O segundo dia de Assembleia Geral das Nações Unidas ficou marcado pelas intervenções de Zelensky e Lavrov. Em Nova Iorque, na reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a Ucrânia, a Rússia criticou a presença do Presidente ucraniano: “Vai ser um espetáculo de um homem só”.

No seu discurso, Volodymyr Zelensky lamentou o lugar da Rússia no Conselho de Segurança e disse que é necessário retirar “o poder de veto” a Moscovo. Em resposta, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo afirmou que essa é uma “ferramenta legítima” e acusou “os nazis [ucranianos]” de passarem “à frente na fila para a adesão” à União Europeia.

Fora de Nova Iorque, mas ainda neste 574.º dia de guerra, Portugal mostrou-se disponível para aderir a novas coligações que estão a ser constituídas pelos aliados para apoio à Ucrânia, anunciou a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras. “Temos aprofundado a nossa contribuição em termos de treino, tanto nos F-16, como nos [carros de combate] Leopard e estamos disponíveis para nos associarmos a outras coligações que estão em constituição, designadamente na área da desminagem, e avaliar a possibilidade de o fazer noutras coligações”, afirmou a governante.

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O que aconteceu durante a tarde e a noite?

  • Zelensky apresentou alguns pontos da fórmula de paz como, por exemplo, retirar os ocupantes da Ucrânia, incluindo forças paramilitares mercenários e contingentes paramilitares do território ucraniano, segundo as fronteiras de 1991.
  • Lavrov respondeu à fórmula de paz do Presidente ucraniano com uma pergunta: “Quem disse que as populações querem o regresso das fronteiras de 1991?”
  • Han Zheng, vice-presidente da China, defendeu, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, que a soberania e a integridade territorial “devem ser respeitadas”, assim como os princípios da Carta das Nações Unidas.
  • Também na ONU, Marcelo Rebelo de Sousa reiterou o apoio português à Ucrânia, afirmando que Portugal estará sempre “solidário com a legítima defesa” de Kiev.

Marcelo diz que Portugal está “solidário com a defesa da Ucrânia”, pede “roteiro de paz justo” e que se esteja “à altura da História”

  • O Kremlin disse que Joe Biden, durante “toda a sua carreira política”, nunca “teve o mesmo nível de apoio que Putin” conseguiu junto da população.
  • Uma mensagem partilhada no canal de Telegram de Ramzan Kadyrov nega a hospitalização do líder checheno na Rússia, que afirma estar “vivo e bem”.
  • Volodymyr Zelensky encontrou-se com Lula da Silva em Nova Iorque numa discussão que classificou como “honesta e construtiva”.

O que aconteceu durante a manhã?

  • Após se ter reunido em Moscovo com o MNE chinês, Vladimir Putin anunciou que vai visitar Pequim já durante o próximo mês de outubro, a convite de Xi Jinping;
  • No discurso que vai proferir esta tarde no Conselho de Segurança da ONU, o Presidente do Conselho Europeu vai interpelar diretamente a China e pedir ao país, aliado da Rússia, que faça mais para pressionar o Kremlin a pôr fim a “guerra criminosa” contra a Ucrânia;
  • A Rússia anunciou que impediu um ataque com mísseis a Sebastopol, na Crimeia. Ainda assim, a ponte que separa a península ocupada da Rússia continental foi temporariamente encerrada à circulação;
  • Em conversações à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, Olena Zelenska pediu aos líderes mundiais ajuda para trazer de volta à Ucrânia as mais de 19 mil crianças que, diz, desde que a guerra começou terão sido levadas à força para a Rússia;
  • Após 24 horas de combates no enclave de Nagorno-Karabakh, as forças da Arménia concordaram com os termos de um cessar-fogo com o Azerbaijão proposto pelas forças de paz russas;
  • Uma investigação do Centro para a Resiliência da Informação concluiu que a Rússia atacou deliberadamente infraestruturas médicas em Kherson, na Ucrânia, depois de perder o controlo da cidade em novembro;
  • Justamente em Kherson, duas pessoas morreram na sequência de ataques russos durante a madrugada e pelo menos outras quatro pessoas ficaram feridas. Já em Lviv, no oeste do país e junto à fronteira com a Polónia, cidade que durante a madrugada esteve sob alerta de ataque aéreo, uma pessoa morreu e pelo menos outra ficou ferida;
  • Durante a madrugada, informou o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia, as defesas anti-aéreas do país abateram 17 drones russos, de um total de 24 manobrados contra o território. A refinaria de petróleo de Kremenchuk, no centro da Ucrânia, foi um dos alvos atingidos;
  • Uma pessoa morreu na sequência de um bombardeamento ucraniano à região de Belgorod, informou Moscovo. Nas últimas horas a região russa de Oryol também esteve sob ataque de drones ucranianos. Três foram destruídos, informou o Ministério da Defesa da Rússia;