Uma jornalista australiana chamou “Methamphetamine Rules” (aproximadamente Metanfetaminas São Fixes, em tradução livre português) ao filho. Kirsten Drysdale é apresentadora do What the FAQ, da ABC, emissora australiana. A questão “há algum nome que não se possa dar legalmente a um bebé na Austrália?” parece ter surgido frequentemente no programa cujo objetivo é encontrar respostas para as perguntas dos ouvintes. Assim, Drysdale, grávida do terceiro filho, decidiu testar o Registo Civil.
An ABC journalist has named her newborn son 'Methamphetamine Rules', in a bid to test the strength of NSW Registry of Births, Deaths and Marriages.
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— The Project (@theprojecttv) September 20, 2023
Em declarações à agência de notícias News, a jornalista revela que a sua intenção era descobrir que nome é que o Registo Civil atribui a uma criança, quando o que os pais escolhem é rejeitado. As respostas da equipa de comunicação do organismo não lhe pareceram suficientemente concretas e, por isso, pôs a questão à prova.
Assim, quando a criança nasceu, submeteu o nome “Methamphetamine Rules” no registo de New South Wales, na Austrália. “Pensámos em apresentar o nome mais escandaloso de que nos pudéssemos lembrar, partindo do princípio de que seria rejeitado”, afirmou Kristen.
O marido estava reticente quanto à experiência mas a jornalista estava convencida de que o nome não ia ser aprovado — “escolhemos ‘Methamphetamine’ pensando que não havia maneira de alguém ver esta palavra e pensar que estava tudo bem”. No entanto, para seu espanto, “não foi isso que aconteceu, infelizmente, ‘Methamphetamine Rules’ passou”.
O Registo ainda não conseguiu explicar como foi possível que o nome tenha sido admitido. “Não sei como é que escapou”, afirma Drysdale. “Não sei se alguém estava a trabalhar demais, ou se foi automatizado algures. Ou, possivelmente, se calhar pensaram que ‘Methamphetamine’ era um nome grego“, continua a jornalista.
Ainda que, na Austrália, seja proibido utilizar termos ofensivos para nomear uma criança, um responsável do registo declarou, à mesma fonte, que “o nome invulgar infelizmente escapou”. Como resposta a este “acontecimento altamente invulgar”, o serviço vai reforçar o sistema para que o episódio não se repita.
O registo australiano diz que, mesmo quando os nomes são formalmente alterados, permanecem no sistema. Contudo, o organismo governamental vai ajudar Kristen a corrigir o erro.
Para responder à dúvida inicial da jornalista, um site do governo afirma que o conservador tem a opção de atribuir um novo nome à criança — caso o que lhe tenha sido dado pelos pais seja excluído —, dá conta o jornal britânico The Guardian. As restrições não são claras mas o Registo não pode aprovar um nome que seja ofensivo ou fora do interesse público. Nomes que ultrapassem os 50 caracteres, que incluam símbolos ou títulos oficiais (como Doutor ou Rainha) são automaticamente excluídos.