Era o discurso mais aguardado da noite, nomeadamente pela promessa feita e reiterada inúmeras vezes por Miguel Albuquerque: se não conquistasse a maioria absoluta demitir-se-ia. Não aconteceu. O presidente do Governo regional da Madeira e vencedor das eleições (a um deputado da maioria absoluta) assegurou que “até ao fim desta semana espera apresentar um Governo de maioria” — e que só se não conseguir deixará o cargo.

O líder social-democrata na Madeira assegurou que as “diligências já estão a ser feitas”, ainda que não tenha explicado se está a falar com a Iniciativa Liberal ou com o PAN — os dois deputados eleitos pelos partidos em causa garantiram, na hora dos discursos de vitória, que ainda não tinha falado com Albuquerque e os dois mostraram disponibilidade para o fazer. Se é verdade que não disse nomes de possíveis parceiros, também é certo de que deixou um de fora logo à partida (o que lhe valeu aplausos da sala): da coligação está “excluído o Chega”.

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Apesar de estar confiante de que é possível alcançar o objetivo, Albuquerque admitiu demitir-se “se nos próximos dias não conseguir criar condições para governar em maioria.”

Na hora do discurso, o social-democrata recordou que teve mais votação do que aquela que deu a “maioria a António Costa”, insistiu que “quem perdeu as eleições foi o Partido Socialista” e realçou que venceu “nos onze concelhos da Madeira” e em “52 das 54 freguesias”. “Se isto não é ganhar as eleições, o que é ganhar as eleições?”, questionou, agradecendo “o voto de confiança na coligação” e festejando uma vitória “expressiva”.

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