O suspeito detido pela Polícia Judiciária no passado fim de semana, por suspeitas da prática do crime de homicídio e de profanação de cadáver, em Pedrógão Grande, ficou em prisão preventiva, depois de presente a juiz para primeiro interrogatório, avançou o JN e confirmou o Observador. O homem de 27 anos começou a ser ouvido esta terça-feira e o seu depoimento só ficou concluído esta quarta-feira à tarde. Ao Observador, fonte da PJ também afirmou que o crime não está relacionado com jogos online — inicialmente foi avançado que a morte poderia estar relacionada com o jogo ‘baleia azul’ —, estando em curso as investigações para apurar as circunstâncias em que o crime ocorreu.
O arguido é suspeito de ter matado um homem de 37 anos, enquanto decorria uma festa num terreno situado em Pedrógão Grande, na madrugada de domingo. De acordo com as informações recolhidas no local pelo Observador, o agora arguido era o responsável pela organização da festa e terá desaparecido com o jovem, que também era estrangeiro. O suspeito terá voltado para o recinto da festa, que não teria mais do que 100 pessoas, e terá dito que matou outra pessoa. Depois disso, dirigiu-se ao posto da GNR de Figueiró dos Vinhos e terá confessado o homicídio.
“O arguido, estrangeiro, organizador de uma festa, numa propriedade rural, conduziu a vítima para um local de floresta, isolado, onde, munido de uma faca, o atacou, com inusitada violência, atingindo-o em várias zonas do corpo e provocando-lhe a morte. Após cometer o homicídio, o suspeito ocultou o cadáver, utilizando ramos de árvore e peças de roupa”, avançou a PJ, em comunicado, no final do dia desta quarta-feira.
Pedrógão Grande. Uma saída suspeita, a carrinha roubada e a festa que acabou com uma morte
Para já, os inspetores da PJ estão ainda a apurar as circunstâncias que levaram à morte do homem de 37 anos. “Foi num contexto tranquilo, onde estariam várias pessoas numa festa”, acrescentou fonte da PJ. E, ao que o Observador apurou, o suspeito ainda não terá confessado aos inspetores da Polícia Judiciária a autoria do crime. A investigação da Polícia Judiciária vai continuar e será depois deduzida acusação. Até lá, o suspeito deverá continuar em prisão preventiva — a não ser que o tribunal reverta a decisão.