Um recente estudo da Comissão Europeia aponta que o X (antigo Twitter) é a rede social que contém a maior quantidade de desinformação, avança a BBC. O relatório teve como base mais de 6 mil publicações das redes sociais mais populares, como o Facebook, Instagram e o LinkedIn, feitas por utilitários em Espanha, Polónia e Eslováquia, países considerados de risco neste tema.

A análise da startup europeia TrustLab dá conta ainda de que o Facebook é a segunda rede social com mais circulação de conteúdo falso, enquanto que o Youtube apresentou o menor “rácio de propagação” dessas informações.

Os dados do relatório dão conta ainda da preocupação europeia em combater a propagação de desinformação russa e o discurso de ódio nas redes sociais. “O Estado russo está empenhado em poluir o nosso espaço [virtual] de informação com meias verdades e mentiras, de forma a criar uma falsa imagem de que a democracia não é melhor do que a autocracia”, frisa Vera Jourova, comissária dos Valores e Transparência da União Europeia, citada pelo The Guardian.

Desta forma, a comissária avisou que “[a rede social X] tem que cumprir com a lei, que é dura”, declarando que a empresa europeia estará “atenta ao que os executivos [do X] farão”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Embora tenha garantido que os membros do executivo no X estão a “trabalhar arduamente” para cumprir normas europeias, a certa altura Musk acabou por sair de um acordo com a TrustLab, no qual cedia dados sobre como a desinformação atua dentro da plataforma. A União Europeia informa que “Musk não sai da vigia apenas porque abandonou o código de conduta”, comenta Vera Jourova citada pelo The Guardian.

Em 2018 o código, integrado no Digital Services Act (DSA) da União Europeia, foi assinado por um conjunto de empresas — incluindo a Google e a Meta — em conformidade às regulações europeias de transparência.

Ainda assim, a saída do acordo foi apenas um dos vários esforços do magnata — que após a aquisição da empresa despediu vários trabalhadores — em controlar como os conteúdos circulam dentro da rede social.

Despedimentos, saída de anunciantes e fim do trabalho remoto. Em duas semanas (quase) tudo Musk mudou no Twitter