A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses — Intersindical Nacional (CGTP-IN) defendeu esta segunda-feira que a privatização da TAP é um crime económico, uma afronta aos trabalhadores e um ataque à soberania nacional.

“A importância da TAP faz com que a sua hipotética privatização seja um crime económico”, defendeu a CGTP-IN, em comunicado enviado às redações, no qual realçou o contributo da companhia aérea para a economia e o seu papel na conectividade com as comunidades portuguesas e de língua oficial portuguesa.

Para a central sindical, “a decisão do Conselho de Ministros em iniciar mais uma tentativa de privatização da TAP é uma afronta aos trabalhadores da companhia e, também, ao desenvolvimento do país”, e, caso de concretize, representará “uma perda económica e social e mais um ataque à soberania nacional”.

Na quinta-feira, o Conselho de Ministros aprovou as condições que enquadram a privatização da TAP, que voltou ao controlo do Estado durante a pandemia, esperando o Governo que o processo esteja concluído no primeiro semestre do próximo ano.

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Os três maiores grupos europeus de aviação — Lufthansa, Air France-KLM e IAG — já admitiram concorrer à privatização da companhia aérea portuguesa.

Para a CGTP, que considera ser “possível e necessário salvar a TAP”, a venda da transportadora aérea representa “mais um frete à União Europeia e ao grande capital que, depois de dominar e instrumentalizar empresas e setores estratégicos, vê agora a oportunidade de lançar mãos à transportadora aérea nacional”.

Organizados, convictos que a razão está do lado de uma TAP pública, conscientes dos exemplos das outras privatizações que levaram ao desmantelamento de empresas e setores económicos ou os colocaram ao serviço dos lucros e dos dividendos, reafirmamos o compromisso dos trabalhadores em defesa do futuro de Portugal, em defesa de uma TAP pública e ao serviço do desenvolvimento soberano do país”, rematou a CGTP-IN.