Um homem foi detido, na semana passada, em Madrid, por suspeitas de agressão sexual à filha, uma bebé de poucos dias, e de distribuição de pornografia infantil. Os vídeos que as autoridades espanholas encontraram no seu telemóvel — aparelho analisado desde dezembro do ano passado — mostravam as agressões sexuais à filha e as imagens estariam a ser distribuídas a outras pessoas através de redes sociais. Além disso, suspeita-se também que este homem tenha oferecido a filha a terceiros para práticas sexuais.
“É o bebé mais pequeno que vi em duas décadas de trabalho”, referiu ao El País Eduardo Casas, subinspetor da Unidade Central de Ciberdelinquência. Com 25 anos, esta é já a terceira vez que este homem é detido por suspeitas de pornografia infantil e, neste momento, está em prisão preventiva. Na mesma casa, vivia a sua companheira, que foi também detida.
????Detenido en #Madrid un varón por agredir sexualmente a su propia hija de pocos meses
A través de #rrss, y de mensajería instantánea, descargaba y difundía contenido de pornografía infantil y ofrecía a su propia hija a terceros para mantener relaciones sexuales pic.twitter.com/QVoNxrF2WQ
— Policía Nacional (@policia) October 3, 2023
A última vez que foi detido foi no final do ano passado, altura em que as autoridades começaram a investigar a atividade do seu telemóvel e computador e as suas interações nas redes sociais, como o X (antigo Twitter) e o Discord. E foi também em dezembro de 2022 que foram acionados os serviços sociais para sinalizar a criança, depois de os agentes terem percebido que a criança vivia em condições indignas.
As autoridades espanholas conseguiram chegar até à casa deste homem depois de centenas de alertas dados pelas redes sociais, que monitorizam conteúdos suspeitos. Foi, por isso, possível perceber a morada em que estava o computador que tinha partilhado os referidos vídeos e a polícia diz não ter “dúvidas sobre a culpa” do agora detido.
Para já, este homem vai continuar detido e, segundo a imprensa espanhola, arrisca uma pena até 25 anos de prisão pelos crimes de pornografia infantil e de abuso sexual de menores agravado, já que vítima, além de ser sua filha, tem menos de 16 anos.