Manifestantes pelo clima do movimento Climáximo pintaram esta quinta-feira de vermelho a fachada da sede da REN, em Lisboa, por considerarem que se trata de “uma das empresas que declarou guerra à sociedade e ao planeta”.
Esta manhã, ativistas do Climáximo voltaram à ação pelo terceiro dia, depois dos bloqueios da 2.ª circular e da rua de S. Bento. Desta vez, pintaram de vermelho a sede da REN, em Lisboa, que consideram ser ‘uma das empresas que declarou guerra à sociedade e ao planeta'”, avança o movimento em comunicado.
Citada no documento, uma das porta-vozes do Climáximo explica que o objetivo destas iniciativas é parar “o funcionamento normal da sociedade para dizer às pessoas que precisam de parar de consentir” e que é preciso “resistir contra o genocídio que é a crise climática”.
Hoje fomos a um dos atores mais responsáveis por este genocídio, a REN, responsável pela infraestrutura de gás fóssil em Portugal, pelo projeto de expansão do terminal de GNL [gás natural liquefeito] em Sines e pela construção de novos gasodutos”, afirma Alice Gato.
Sustentando que “a REN está conscientemente a escolher manter e expandir a infraestrutura de gás fóssil em vez de parar estas armas de destruição em massa e implementar a transformação necessária em toda a rede elétrica“, a responsável considera que a empresa “está, assim, deliberadamente a garantir a morte de milhares de pessoas, todos os anos”.
“Este é um dos crimes de guerra mais horrendos da história da humanidade, e não o deixaremos passar em branco”, enfatiza a mnanifestante.
Segundo Alice Gato, “a melhor forma de se comemorar o aniversário da implementação da República é retomar o direito à vida digna que está a ser roubado pelos governos e as empresas, travando a guerra que declararam à sociedade e ao planeta”.
A História de Portugal mostra-nos que o poder popular é capaz de grandes mudanças. Hoje vivemos num momento decisivo que requer grandes mudanças, e cabe a nós, as pessoas comuns, fazer esta mudança em conjunto”, remata.
No comunicado, o grupo Climáximo defende “um plano de desarmamento” que impeça a construção de “novas armas de destruição em massa” – como dizem ser o caso da expansão do terminal de GNL em Sines e o gasoduto de Celorico da Beira até Zamora – e a desativação das “atuais armas”, sendo uma das medidas que defendem a substituição de gás fóssil em Portugal por 100% de eletricidade renovável e acessível até 2025.
O grupo promete continuar com este e outro tipo de ações, de forma a “garantir os direitos que os ditos defensores da República estão a roubar“.