Em 2021 foi em Abu Dhabi, com uma ultrapassagem na última curva do último Grande Prémio do ano. Em 2022 foi no Japão, com uma vitória tranquila a quatro corridas do fim da temporada. Em 2023 foi no Qatar, com um segundo lugar na corrida sprint de sábado e a possibilidade de festejar em pista já este domingo: Max Verstappen é tricampeão mundial de Fórmula 1.

O piloto neerlandês só precisava de um sexto lugar na corrida sprint do Grande Prémio do Qatar para ser desde já campeão mundial, mas acabou mesmo por incluir o pódio e ficar em 2.º, atrás de Oscar Piastri e uma posição acima daquela em que tinha arrancado. Max Verstappen iguala assim Jack Brabham, Jackie Stewart, Niki Lauda, Nelson Piquet e Ayrton Senna, todos com três títulos conquistados, e fica apenas atrás de Alain Prost e Sebastian Vettel (4), Juan Manuel Fangio (5) e Lewis Hamilton e Michael Schumacher (7).

“Entrar para esta corrida depois de ser campeão duas vezes, ter essa possibilidade de ser campeão pela terceira vez, traz emoções muito diferentes. Mas também acho que a posição em que estamos, enquanto equipa, é muito diferente. O carro é muito melhor do que era nos últimos anos, o feeling é completamente diferente. Mas o que importa é ganhar. Gosto de lutar até ao fim, mas também gosto do que tivemos esta temporada. Acho que é muito bonito conseguir ser campeão de formas diferentes”, explicou o neerlandês antes da partida deste sábado, onde os dois McLaren tinham as duas primeiras posições da grelha, com Piastri à frente de Norris.

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Os dois Ferrari conquistaram um arranque muito positivo, assim como George Russell, e Oscar Piastri segurou a liderança à frente do britânico da Mercedes e de Carlos Sainz. Max Verstappen caiu para 5.º, à frente de Lando Norris, e o safety-car entrou em ação logo na primeira volta e no momento em que o AlphaTauri de Liam Lawson ficou parado na gravilha. No recomeço, Russell ultrapassou Piastri com uma manobra brilhante e agarrou o primeiro lugar, e a corrida voltou a ser travada pelo safety-car devido a um despiste do Williams de Logan Sargeant.

George Russell voltou a dar uma lição de bem conduzir no segundo recomeço, arrefecendo os pneus de Oscar Piastri para depois acelerar e fugir, e Verstappen ia conquistando posições mais atrás e ultrapassou os dois Ferrari na mesma curva, chegando ao terceiro lugar. Sergio Pérez, o único que ainda poderia ter alguma coisa a dizer em relação ao tricampeonato do neerlandês da Red Bull, era 10.º nesta altura — até ir parar à gravilha em conjunto com Esteban Ocon e Nico Hulkenberg, deixando tudo ainda mais nas mãos do colega de equipa.

O despiste que envolveu o mexicano provocou o terceiro safety-car da corrida sprint, mas já com Piastri como líder, já que o australiano conseguiu voltar a ultrapassar Russell mesmo antes de a prova ser novamente neutralizada. Verstappen ultrapassou Russell a três voltas do fim e ainda foi atrás de Piastri, à procura da primeira vitória do fim de semana, mas não conseguiu ultrapassar o McLaren: no fim, o piloto de 26 anos foi 2.º na corrida sprint do Qatar, onde só precisava de ser 6.º, e sagrou-se tricampeão mundial de Fórmula 1. 

Pelo meio, Oscar Piastri conquistou o primeiro triunfo da carreira, com Lando Norris a fechar o pódio depois de duas últimas voltas assinaláveis em que ultrapassou os dois Ferrari e um Mercedes, e George Russell, Lewis Hamilton, Carlos Sainz, Alexander Albon e Fernando Alonso também pontuaram antes do Grande Prémio deste domingo. O Grande Prémio da consagração de Max Verstappen.

“É uma sensação fantástica, é incrível. Estou super orgulhoso. Tem sido um grande ano, com grandes corridas. É muito bom fazer parte deste grupo de pessoas. Ser tricampeão é incrível. Vamos continuar a fazer o melhor que conseguirmos. Foi uma corrida entusiasmante, foi divertido. Só posso estar feliz, neste momento. Vamos ver o que acontece. Estou a aproveitar o momento e claro que vamos tentar manter este momentum durante algum tempo”, disse Verstappen depois do fim da corrida.