“Devem começar a jantar às 21h00”, arriscava Hélio Loureiro ao Observador, nessa chegada precoce que originou o erro na previsão, incapaz de antecipar todo o compasso de espera, e anunciando que poucas horas depois começariam a chegar mais convidados, mais jovens, quando a pista se abrisse ao baile. Para festas que duram até ser dia, o chef sugere uma ceia composta por preguinhos e sandes de leitão. E ainda providenciais bolas de berlim e cacau quente para embalar o fora de horas, naquele que foi o menu traçado para os resistentes. Mas primeiro, é preciso reorganizar o plano de trabalho para quem se encarrega de toda a logística no loca.

Pouco falta para as 22h30 quando os lugares começam por fim a ganhar ocupantes. Num dia cujo programa em Mafra já contara com um ligeiro atraso, o jantar previsto para a noite tardou em começar. Na residência da família, para onde o cortejo de presenças (agora bem mais restrito) seguiu depois da cerimónia na basílica, o longo processo de check in dos 420 convidados ditou que o jantar, originalmente previsto para as 21h00, arrancasse pouco antes das 23h00.

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Pelo caminho, uma red carpet improvisada e mais um desfile seguro de looks. Arrumados ficaram os chapéus e tocados, entram em cena os smokings e os vestidos longos, de novo as joias e os saltos, que se passeiam pelo jardim numa amena noite de outono em Sintra.

De novo, e como esperado, o destaque vai para uma sorridente noiva, a infanta Maria Francisca, agora “aliviada” da formalidade do véu e do primeiro vestido e pronta para receber amigos, família e dançar até ser dia, com um modelo halter, de novo até aos pés, mas bem mais prestável ao movimento.

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Para trás, ficam os últimos preparativos de mais um momento marcado por apertada organização. Entre as 20h e as 21h00, empregados passam revista às mesas, afina-se a hora de acender as velas, retira-se de cena o que não é de cena. Não falta o imprescindível teste de som, e ainda um cuidadoso manuseamento dos brilhantes headphones da Dj de serviço, nada mais nada menos que Mad Marj, ou Marjorie Gubelmann, conhecida como a Dj das celebridades, e habituada a aquecer as hostes para nomes como Duran Duran, Katy Perry, ou Mary J. Blige.

E, claro, um atarefado chef de sala ultima as indicações para que tudo corra de feição. “Pode vir tudo para baixo”, ordena aos empregados que circulam com bandejas entre a zona da tenda e refeição na zona inferior.

A cada mesa reservada ao momento sentado, o seu castelo, com o verde e o branco a dominarem a paleta escolhida, e as referências nacionais a continuarem a marcar o ritmo (incluindo nas pequenas lembranças). Por fim, o desejado som do bater no copo. Afonso, príncipe da Beira, reclama a atenção e silêncio. Todos de pé para a bênção. Podem servir a a tranche de robalo crocante e a vitela barrosã com esmagado de batata doce.

Na fotogaleria em cima, veja o melhor das imagens do arranque do copo de água.

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