O Governo ucraniano quer angariar 34 mil milhões de euros para desminar uma região que ocupa 30 por cento do território da Ucrânia, onde vivem seis milhões de pessoas e que está coberta de minas antipessoais.
“Precisaremos de décadas para desmantelar estas minas”, disse o primeiro-ministro ucraniano, Denis Shmyhal, durante a Conferência Internacional de Doadores para a Desminagem na Ucrânia, que decorre quarta e quinta-feira em Zagreb.
A conferência já se comprometeu a doar 500 dos 34 mil milhões de euros estimados como custo necessário para a desminagem, de acordo com dados conjuntos do Governo da Ucrânia, do Banco Mundial, da Comissão Europeia e da ONU.
Shmyhal informou que as minas se estendem por 174 mil quilómetros quadrados e que 250 pessoas foram mortas e outras 500 feridas por estes dispositivos, avisando que outras 10 mil pessoas poderão ser afetadas.
Na conferência participam representantes e especialistas dos países da União Europeia (UE), Estados Unidos, Canadá, Japão, Coreia do Sul, Azerbaijão, Noruega, Suíça e diversas agências da ONU.
O comissário europeu do Ambiente, Oceanos e Pescas, Virginijus Sinkevicius, disse que a Ucrânia é o país mais contaminado por minas e acusou a Rússia pela situação.
“As unidades russas colocam minas e armadilhas com o propósito de causar ferimentos letais e danos aos civis que regressam à Ucrânia”, explicou o comissário.
Com um total de 110 milhões de euros doados até agora, a UE é, juntamente com os seus Estados-membros, o maior doador nesse setor, informou Sinkevicius.
O primeiro-ministro croata, Andrej Plenkovic, prometeu que o seu país doará mais cinco milhões de euros à Ucrânia, além de oferecer ajuda na desminagem, na qual tem vasta experiência.