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Depois da sinagoga Kadoorie no Porto ter sido vandalizada durante a madrugada de quarta-feira, líderes das comunidades cristã, muçulmana e israelita locais reuniram-se na tarde do mesmo dia, no Museu Judaico do Porto, para “celebrar a paz, harmonia e cooperação entre as respetivas comunidades“, conta o jornal independente Portuguese Jewish News.

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Face aos recentes desenvolvimentos na Faixa de Gaza, Abdul Mangá, presidente da comunidade muçulmana do Porto, aproveitou o encontro de quarta-feira — que também marcou o quinto dia da ofensiva do grupo Hamas em Israel — para expressar a “tristeza infinita” que sente “em relação ao sofrimento da vítimas”.

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Na reunião, também esteve Michel Rothwell, representante da Comunidade Israelita do Porto (CIP), que reforçou que “judeus não confundem terrorismo com palestinianos, nem confundem palestinianos com muçulmanos”. O representante da CIP também sublinhou que as relações “entre as comunidades judaicas e muçulmanas do Porto têm que ser fortalecidas” face à recente ofensiva do grupo islâmico palestiniano Hamas em Israel.

Por seu turno, Manuel Linda, bispo da Diocese do Porto que esteve presente na conversa, garantiu que a “união entre católicos, muçulmanos e judeus irá ultrapassar todos os traumas que a guerra [entre Hamas e Israel] já causou, e que provavelmente irá continuar a produzir“.

O bispo defendeu, juntamente com os outros representantes religiosos, que, mesmo face à “tragédia que se testemunha em Israel”, os desenvolvimentos atuais no Médio Oriente “não devem nunca originar uma guerra entre judeus e muçulmanos“.

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Esta quinta-feira marca o sexto dia da ofensiva do grupo islâmico Hamas em Israel. Os últimos balanços dão conta de que, em Israel, a guerra já provocou pelo menos 1.300 mortos e 3.300 feridos, enquanto que, do lado palestiniano, já morreram pelo menos 1.200 pessoas e há cerca de 5.600 feridos. As Nações Unidas também informam de que mais de 338.000 pessoas já foram deslocadas ao longo da Faixa de Gaza desde o início da operação “Tempestade al-Aqsa”.

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