Siga aqui o nosso liveblog sobre a guerra Israel-Hamas

O presidente do Chega indicou esta segunda-feira que o partido vai entregar no parlamento um voto de saudação do exercício da “legítima defesa” por parte de Israel e de condenação “sem reservas” do ataque do grupo islamita Hamas.

O Chega vai propor na Assembleia da República um voto de saudação à legitima defesa israelita no conflito e uma condenação sem reservas ao ataque que o Hamas fez ao Estado de Israel”, afirmou, numa declaração aos jornalistas na sede do partido, em Lisboa.

O líder do Chega disse esperar “de todos [os partidos], inclusivamente do PS, o apoio indiscutível nessa matéria”.

André Ventura instou também BE e PCP a “rapidamente clarificarem as suas posições” quanto ao conflito entre Israel e o Hamas e “evitarem estar sempre do lado errado da história“.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

André Ventura acusou bloquistas e comunistas de equipararem as ações de Israel e do Hamas e sustentou que “o Hamas não é um Estado, não foi eleito por ninguém, é um grupo terrorista, e foi o Hamas que iniciou esta ofensiva em Israel”.

Lamentamos muito que PCP e BE não consigam desligar-se dos seus fundamentalismos ideológicos face ao estado de Israel”, afirmou, acrescentando que lhe causa “particular estranheza que alguns partidos não consigam condenar com firmeza o ataque cobarde e vil de um grupo terrorista a um país democrático”.

Ventura afirmou também que “em Portugal há partidos políticos que estão sempre do lado errado da história, sempre ao lado de ditadores, sempre ao lado de autocratas ou sempre ao lado de grupos terroristas”.

Um grupo terrorista atacou um Estado, sequestrou mulheres, idosos, crianças, que mantém reféns em parte incerteza, ameaçando liquidá-los um a um, enquanto Israel usa o seu direito fundamental à defesa”, sustentou, defendendo que “não há equiparação possível entre grupos terroristas e Estados democráticos”.

André Ventura considerou que os “partidos democráticos não devem ter dúvidas em suportar a defesa de Israel, pedir que seja criado um corredor humanitário para que os inocentes não sejam atingidos de forma injusta e estar de acordo com a erradicação completa dos grupos terroristas” que atuam na região.

O presidente do Chega defendeu que a Europa deveria manifestar “entusiasmo na defesa da democracia e do único Estado democrático da região”, e considerou que se assiste a “manifestações pró-palestinianas, quase a raiar o apoio ao grupo terrorista”.

O Chega já apresentou na Assembleia da República um voto de pesar “por todas as vítimas do ataque terrorista perpetrado pelo grupo terrorista islâmico designado Hamas”, através do qual quer que o parlamento também “condene veemente os referidos atos terroristas que provocaram a morte de centenas de civis, sequestros e violações”.

Na semana passada, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, indicou que o seu partido condena “os crimes de guerra cometidos pelo Hamas e por Israel”, reconhecendo “historicamente o direito à autodeterminação da Palestina“.

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, condenou na quinta-feira os ataques do Hamas contra Israel, salientando que não servem “os interesses do povo palestiniano”, mas considerou haver uma “certa hipocrisia” quanto ao tratamento das ações israelitas na Faixa de Gaza.

O grupo islamita Hamas lançou no dia 7 um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel está “em guerra” com o Hamas.