Um grupo de ativistas climáticos partiu este sábado o vidro da montra da loja Gucci na Avenida da Liberdade, em Lisboa, confirmou o grupo Climáximo, acrescentando que pelo menos duas pessoas foram levadas pela PSP para a esquadra.

Contudo, fonte oficial da PSP confirmou ao Observador que a empresa que gere a loja Gucci informou que não queria apresentar queixa contra os quatro ativistas que executaram o ataque à montra da loja daquela marca de luxo. Além dos dois jovens que foram detidos, houve dois que fugiram.

Como a loja não quis apresentar queixa, os dois ativistas foram identificados na esquadra da PSP e libertados logo de seguida.

Segundo a nota de imprensa enviada à Lusa, uma ativista partiu o vidro e outras duas deixaram, na montra, a mensagem “Quebrar em caso de emergência climática” a tinta vermelha, denunciando a importância do fim das “emissões de luxo”.

O grupo destaca ainda que a marca pertence ao milionário francês François-Henri Pinault, CEO da empresa Kering, e que se encontra entre os mais ricos do mundo.

“A ONU aponta que os ultra-ricos têm de cortar mais de 97% das suas emissões, no relatório de lacuna de emissões, mas o consumo de luxo nunca esteve tão alto. É preciso acabar com o consumo e as emissões de luxo. Toda esta indústria do retalho de luxo só acentua a desigualdade na raiz da crise climática. Enquanto uns lucram com o consumo e são os mais ricos da Terra, outros são despejados e deportados”, sublinharam no comunicado os ativistas do Climáximo.

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