O Presidente do Brasil falou esta segunda-feira com Vladimir Putin sobre as guerras na Ucrânia e Médio Oriente. Na conversa telefónica, Lula da Silva deixou clara a posição do Brasil, sublinhando a sua disponibilidade para mediar um eventual acordo entre Kiev e Moscovo, assim como defendendo o fim dos bombardeamentos na faixa de Gaza e a libertação dos reféns.

Em nota oficial enviada ao Observador, o Planalto começa por explicar que “o presidente Lula relatou a situação dos brasileiros em Gaza” ao homólogo russo “e reiterou a urgência da criação de corredor humanitário que permita a saída dos estrangeiros e a entrada de remédios, água e alimentos na Faixa de Gaza”.

No que toca a um eventual cessar fogo e à libertação de reféns, de acordo com o comunicado, as duas partes mostraram-se alinhadas: “Os dois presidentes concordaram quanto à necessidade de que cessem os bombardeios na Faixa de Gaza e de imediata libertação dos reféns”.

Os dois Chefes de Estado “saudaram” ainda a iniciativa do Egito de ter feito um encontro sobre o tema no Cairo no último fim de semana.

A nota da Presidência do Brasil dá conta de que “Putin comentou a proposta brasileira no Conselho de Segurança da ONU, que não foi vetada pela Rússia, e lamentou que após tantas décadas não tenha sido encontrada solução para a criação do Estado Palestiniano”

A referência feita à guerra em território ucraniano merece muito menos destaque na nota emitida pelo gabinete de Lula da Silva, que se limita a insistir no que tem sido a posição do Brasil: “O presidente reafirmou a disposição do Brasil para ajudar em qualquer mediação quando os lados envolvidos estiverem dispostos a falar de paz”.

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