A solidariedade contribui para uma sociedade mais justa, promove a inclusão e bem-estar, reduz as desigualdades e fortalece a coesão social. Com o Prémio BPI Fundação “la Caixa” Solidário os responsáveis pela iniciativa sabem que podem fazer a diferença na vida de muitas pessoas e na sociedade como um todo.
A 8.ª edição contou com um total de 83 candidaturas de projetos localizados de norte a sul do país. Os 26 vencedores deste ano já são conhecidos e foram selecionados por se terem destacado com base nos critérios de impacto para a comunidade, sustentabilidade, inovação e eficiência na utilização dos recursos. O prémio beneficiou nesta edição 3.206 pessoas. Desde o lançamento em 2016 até 2023, foram premiados 181 projetos no valor de 6,4 milhões, ajudando 37.774 pessoas em situação de vulnerabilidade.
O Prémio BPI Fundação “la Caixa” Solidário pretende impulsionar a integração sociolaboral e lutar contra a exclusão social.
O objetivo deste prémio é promover o desenvolvimento integral e o processo de inclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade, potenciando as suas capacidades e favorecendo a igualdade de oportunidades. O foco principal aponta para o apoio às necessidades básicas, empregabilidade ou recursos de habitação, com especial atenção às situações extremas.
Ações prioritárias
O Prémio Solidário incentiva projetos que realizem um acompanhamento integral de pessoas em situação de risco de pobreza ou exclusão social ou que ofereçam recursos residenciais para jovens e adultos em processo de inclusão social. Os apoios estão também vocacionados para processos de capacitação e inserção na vida laboral, apostando na promoção do autoemprego e em atividades socialmente úteis, bem como na formação (incluindo ao longo da vida) ou outras formas de colmatar défices de qualificações. Muitas iniciativas dirigem-se a grupos específicos como imigrantes ou refugiados, mulheres vítimas de violência doméstica, sem-abrigo, entre outros. Os projetos vencedores incluem igualmente negócios sociais ou habilitam estabelecimentos prisionais para uma mais eficiente ocupação dos reclusos e posterior reinserção na sociedade.
No Algarve, em Lagoa, O Companheiro aposta num programa de desenvolvimento pessoal e formação em carpintaria no Estabelecimento Prisional, com acompanhamento após a saída para quem esteve a aprender as artes da madeira. Em Leiria, a Associação Tempos Brilhantes também coloca em prática atividades na prisão promovendo o estudo de poesia para jovens, através de música Rap, com capacitação de produção gráfica e multimédia para elaboração de um vídeo final.
As situações de vulnerabilidade extrema são igualmente uma preocupação dos vencedores do Prémio Solidário, nomeadamente as pessoas em situação de sem abrigo, com dependências, famílias monoparentais ou desempregados de longa duração. A Beira Serra, na Covilhã, é responsável por um projeto de criação de uma rede comunitária de apoio dirigida a famílias monoparentais femininas, fortalecendo apoio de mentoria, bricolage, baby-sitting, consultas de especialidade e formação em diversas problemáticas. A associação Vale de Açor tem uma padaria artesanal e quer continuar a formar nesta área pessoas que estão a refazer as suas vidas depois de programas de reabilitação e criar emprego na comunidade.
Mas existem muitos outros projetos inspiradores… Estes são apenas alguns exemplos, porque no final de contas, todas as instituições trabalham para um objetivo comum: criar um mundo mais solidário e mudar vidas para melhor.
