A assembleia geral de acionistas da Cofina aprovou esta quinta-feira a venda da Cofina Media, dona do Correio da Manhã e da CMTV, à Expressão Livre, que conta com antigos e recentes quadros da empresa e ainda com investidores, entre eles Cristiano Ronaldo.

Segundo as deliberações da AG, publicadas na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, 99,64% dos votos representados, que corresponderam a 71,28% do capital da Cofina, aprovaram a “alienação da totalidade das ações representativas do capital social e dos direitos de voto da sua subsidiária integralmente detida, Cofina Media”.

Já a venda à Expressão Livre foi aprovada por 100% dos acionistas votantes. A “aprovação da proposta final (“best and final offer”) apresentada pela Expressão Livre SGPS, S.A., a qual foi selecionada pela administração em primeiro lugar” foi unânime.

O MBO (management buy out) era a única oferta em cima da mesa, depois de já este mês a Media Capital, dona da TVI, ter retirado a sua proposta para comprar a Cofina.

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Media Capital retira proposta para comprar a Cofina

A proposta final da Expressão Livre avaliou a Cofina, sem dívida, em 56.793.428,97 (cinquenta e seis milhões e setecentos e noventa e três mil e quatrocentos e vinte e oito euros e noventa e sete cêntimos).

Além de Cristiano Ronaldo, a sociedade Expressão Livre é composta por Luís Santana, Ana Dias, Octávio Ribeiro, Isabel Rodrigues, Carlos Rodrigues, Luís Ferreira, Carlos Cruz, Domingos Vieira de Matos, Paulo Fernandes e João Borges de Oliveira.

A corrida pela Cofina Media começou em maio deste ano, quando se soube que alguns quadros e ex-quadros da empresa de media pretendiam adquiri-la. Luís Santana, administrador executivo do grupo, revelou na altura o projeto. “Eu e um conjunto de quadros da Cofina Media estamos a preparar um Management Buy Out, que planeamos apresentar oportunamente ao acionista da empresa, com o qual não temos mantido qualquer tipo de negociações”, adiantou, em comunicado, no final de maio. No final de junho, surgiu o nome de Cristiano Ronaldo como acionista de referência do negócio, avaliado em 75 milhões de euros, com dívida.

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Pouco depois, em julho, a Media Capital juntou-se à corrida, tendo avaliado então a Cofina em 80 milhões de euros, com a dívida. As propostas finais das duas empresas, apresentadas em setembro, mudaram os contornos do negócio.

A Media Capital oferecia uma de duas opções: 54,4 milhões de euros sem a dívida, ou a cobertura de outra oferta que tivesse chegado até ao prazo limite, até um máximo de 56 milhões de euros, sem dívida. Já a Expressão Livre também subiu a parada face à proposta inicial, tendo avaliado a Cofina, sem dívida, acima dos 56 milhões de euros postos como limite pela Media Capital.

Em resposta, ainda em setembro, o conselho de administração da Cofina considerou a proposta do grupo de investidores que incluiu Ronaldo mais vantajosa que a da Media Capital, recomendando a venda ao MBO.  Posição que levaria à retirada da proposta pela dona da TVI, por ter sido relegada para segundo plano.